sábado, 28 de novembro de 2009

Porto Velho no Livro dos Recordes



No dia 27 de novembro de 2009 aconteceu em Porto Velho o plantio simultâneo de cinco mil mudas de vários tipos de plantas, nos canteiros da Av. Jorge Teixeira (Espaço Alternativo) até a Av. Lauro Sodré com a rodovia BR-319 (Costa e Silva).


Este evento foi a abertura do projeto Porto Velho Mais Verde que além de contribuir para com o meio ambiente a Prefeitura da cidade almeja com esse feito entrar para o Livro dos Recordes, e para isso contou com um batalhão de fótógrafos, além de aviões da Aeronáutica e um helicóptero que registraram tudo.

O evento realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Velho contou com a participação em peso da população, e o apoio de vários órgãos do poder público além de escolas e empresas privadas, dentre estas faculdades.

Às 17:15h do referido dia foi dada a largada para começar o plantio por meio de um caça da Força Aérea que sobrevou os canteiros, além de soldados que levantaram uma bandeira vermelha em cada setor (canteiro). Várias pessoas plantaram suas mudas muito rapidamente, e às 17:20h todas as cinco mil mudas já haviam sido plantadas.

O projeto de arborização da área urbana de Porto Velho faz parte do Plano Diretor do Município, sendo que nas outras etapas do projeto haverá a distribuição de mudas para condomínios residenciais, em seguida será a vez das ruas, avenidas e praças da cidade receberem plantas, e por fim haverá a distribuição de mudas de vários tipos à população.

Esta iniciativa, além de garantir o embelezamento paisagístico da cidade, contribuirá para a amenização do calor e diminuição da poluição do ar de Porto Velho. Além de fazerem parte de um grande evento da cidade, os participantes receberam um certificado emitido pela SEMA-Porto Velho.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Amazônia dos Amazônidas



Com o projeto Porto Velho – Rondônia/Brasil, busquei apresentar e divulgar a capital do estado de Rondônia através de vídeos, que apesar de modestos tive consideráveis resultados no You Tube; a aceitação do público foi muito boa, o que me deixa demasiado contente, obrigado a todos que assistiram aos vídeos, e saibam que Porto Velho os espera, venha nos fazer uma visita!

Agora estou iniciando um novo projeto: o Amazônia dos Amazônidas. Com uma série de vídeos almejo apresentar a Amazônia de maneira sucinta, simples e clara, com informações, curiosidades e comentários sobre a região.

Com está iniciativa quero apresentar a Amazônia pelo ponto de vista dos amazônidas, quero que você conheça e entenda um pouco mais sobre esta região que é tão magnífica e exuberante quanto marginalizada.

A mais fascinante e rica floresta do mundo, localizada ao norte da América do Sul, desperta grande interesse e cobiça de muitos, com dimensões continentais é a maior floresta tropical do mundo, abrangendo parte dos territórios de oito países sul americanos e da França.


Apesar de fazer parte da Unão Européia, a França também é uma das detentoras de parte da Amazônia, e isso se dá por meio da Guiana França, que nada mais é do que um departamento ultramarino daquele país, isto é, assim como o Alasca e Havaí são extensões do território estadunidense; a Guiana Francesa é uma extensão do território francês na América.


O Brasil é o detentor da maior parte dessa imensa floresta, entretanto é um país que na prática não dá o devido valor à valiosa e preciosa riqueza que tem. O desmatamento corre acelerado no país, e as medida do governo que buscam amenizar o problema são ineficazes, tendo a corrupção e a impunidade como principais fatores para a permanência dos lamentáveis índices de destruição das florestas brasileiras.
Amazônia Legal Brasileira estabelecida no artigo 2º da lei nº 5.173, de outubro de 1966, ocupa 59% de todo território nacional. abrangendo vastas áreas dos sete estadodos da Região Norte mais outros três. São eles: Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Prá, Tocantins, oeste do Maranhão, norte do Mato Grosso, mais cinco municípios de Goiás. Ao todo a Amazônia abrange 775 municípios brasileiros, onde vivem pouco mais de 20 milhões de pessoas de acordo com o Censo 2000.


No Brasil a Amazônica Legal, estabelecida no artigo 2º da Lei nº 5.173, de outubro de 1966, ocupa cerca de 59% do território nacional, ocupando vastas áreas dos sete estados da Região Norte mais parte de três outros, são eles: Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, oeste do Maranhão, norte do Mato Grosso e cinco municípios de Goiás.


A Amazônia brasileira tem aproximadamente 5.1 milhões de km². Se fosse um país seria o sexto do mundo em extensão. Dentro dela cabe a metade da Europa, ou mais de uma dúzia de países europeus incluindo a França e a Alemanha.


A floresta amazônica tem cerca de 5 a 30 milhões de plantas diferentes, não se sabe um número preciso por que há muitos lugares na floresta inacessíveis e inexplorados. A Amazônia tem a maior diversidade de espécies da aves, primatas, roedores, jacarés, sapos, insetos, lagartos e peixes de água doce do mundo.

A Amazônia tem a maior bacia hidrográfica do planeta, a bacia Amazônica, tendo o rio Amazonas com principal. O rio Amazonas é o maior do mundo em extensão (6.868 Km) e em volume d'água. Desde sua nascente na Cordilheira dos Andes, o Amazonas recebe reforço de 1.100 afluentes, sendo o principal tributário da margem esquerda o rio Negro (o quarto maior do mundo), e da margem direita o rio Madeira (o quarto maior do Brasil).


CuriosidadeS

O volume de terra que o rio Amazonas joga no mar é tão grande que, graças a esses sedimentos o litoral do Amapá e da Guina Francesa está crescendo. Esse crescimento é perceptível em imagens de satélite.

Durante o ciclo da borracha (1879-1912), a Amazônia foi responsável por quase 40% das exportações brasileiras. Manaus era a capital mundial da venda de diamantes, e seu teatro, com 681 lugares, foi construído na Europa e trazido de navio para ser montado no Brasil.

A ilha do Marajó é na verdade um arquipélago. Estima-se que existam 2000 ilhas que ocupam uma área de 50.000 km², maior que a Suiça.


Ao contrário do que se imagina, os rios mais feios da Amazônia, os de água barrenta, são os mais generosos para a vida na região. Por transportarem sedimentos no decorrer de seu percurso estes rios depositam esses sedimentos no solo durante a enchente, adubando quilômetros nas vizinhanças do rio. Ali, as plantas nascem viçosas quando as águas baixam. Os rios barrentos também têm mais peixes.

Até as próximas edições!


Fonte: Edição Especial da Revista Veja sobre a Amazônia e IBGE.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

78 anos da nacionalzação da Ferrovia Madeira-Mamoré



A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré comemora (ou melhor, não tem muito o que comemorar) seu aniversário de 78 anos de nacionalização.


Em 10 de julho de 1931, o complexo ferroviário da Madeira-Mamoré Railway Company, passou para o Governo Brasileiro, e de la pra cá, a ferrovia foi desativada na década de 70, e quando passou para administração do 5º BEC teve grande parte de seu acervo destruído, ou perecido pelo tempo e o descaso.


Hoje o complexo está em processo de reforma, entretanto o processo, apesar de seguir um belo projeto, é demasiado lento.


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Porto Velho terá um prédio projetado pelo renomado Oscar Niemeyer


Porto Velho será a primeira cidade da Amazônia que terá a honra de abrigar um prédio projetado pelo grande Oscar Niemeyer, um dos mais famosos arquitetos do mundo. Niemeyer é o idealizador dos contornos dos principais prédios de Brasília, além de vários outros prédios magnifícos e encantadores espalhados pelo país, e outros pelo mundo. Entre estas construções que são verdadeiras obras de arte temos a Igreja de São Francisco de Assis (a Igreja da Pampulha), o Edifício Copan em São Paulo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Para Porto Velho Oscar Niemeyer, projetou o prédio que abrigará a unidade rondoniense da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que incorporou o Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais em Rondônia (IPEPATRO), cuja meta será a prevenção de doenças próprias da região, a preparação de profissionais do setor e o fortalecimento do sistema de saúde. O prédio será construído em um terreno concedido pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que ficará a um quilômetro do Centro de Medicina Tropicais de Rondônia (CEMETRON), um dos únicos hospitais para doenças infecto-contagiosas da região, e do Centro de Pesquisas Médicas Tropicais de Rondônia (CEPEM), onde a equipe do Ipepatro já desenvolve pesquisas aplicadas.
As obras terão início no começo deste segundo semestre.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cooperação Internacional pela Amazônia


Estive pensando nos últimos dias e percebi que a Internacionalização da Amazônia não seria algo tão ruim.
Tomando por base a Amazônia Brasileira. Não prudente deixar a maior parte dessa riqueza natural nas mãos de um único país, o Brasil, um país que pode acabar totalmente com a Floresta, como fez com a Mata Atlântica, e parece não ter aprendido a lição da importância dos recursos naturais, um país onde vigora a ganância e a corrupção em quase todos os setores da sua Administração.

Penso que se impuséssemos algumas condições e fizéssemos alguns ajustes da maneira de como se dará, a Internacionalização da Amazônia seria viável; muitos países cuidariam daqui, e haveria um jogo de 'freios e contra pesos' entre os eles; um fiscalizaria o outro e todos cuidariam da preservação e exploração científica da Amazônia em prol da humanidade, com estudos de relevante importância para a cura de moléstias que ameaçam a raça humana. Coisa que o Brasil deixa a desejar, nossas universidades são deficientes, e são poucas as equipes de pesquisas que tem o apoio do governo para se desenvolverem. O sucesso do Brasil com pesquisas importantes se dá principalmente, na maioria dos casos, ao empenho dos pesquisadores, que mesmo com as dificuldades conseguem êxito em seus trabalhos.

A Amazônia tem grande valor para toda a humanidade, e não seria justo um país deter essa preciosidade, principalmente quando este país é irresponsável. Um país que não sabe fiscalizar de maneira rigorosa e preventiva, de forma a impedir o desmatamento e queimadas na floresta; um país onde é comum a impunidade; um país que na prática se esquece da importância que essa região tem para o planeta.

Apesar de ser um brasileiro, e acreditem, tenho orgulho e gosto do meu país, pois ele dá raros motivos para isso; entretanto a maneira como minha região é tratada pelos governantes e autoridades federais, e também por alguns habitantes de regiões do cone-sul do país é triste e revoltante. As autoridades por não investirem como se deve na região e os populares por fazerem o que intitulam de "brincadeira" ao questionarem a existência do estado do Acre, insinuando que este não integre ou não seja importante suficiente para ser lembrando; coisa que pra mim só pode ser uma coisa: péssimo domínio do conhecimento da geografia do Brasil. Também nos ofendem ao dizerem que aqui só existe "mato" (Floresta Amazônica), ou por ignorância confundir Amazônia com Amazonas, e mais, sugerirem que não somos civilizados e nem desenvolvidos.

Mas vá falar em Internacionalização da Amazônia para algumas pessoas do cone-sul do país, o que imediatamente farão será se encher de um falso patriotismo e se colocar terminantemente contra a internacionalização, mas pergunte: o que essas pessoas sabem sobre a região? Onde fica? Que estados abrange? Quais países fazem parte? Muitos não irão saber responder. Então porque alguém pode querer para si algo que não conhece e nem faz questão de conhecer? E pior, também menospreza.

Acho que está na hora dos brasileiros conhecerem um pouco melhor o seu país e valorizar a região Amazônica, pois vejo na Internacionalização da Amazônia uma chance de investimentos reais na região, muitos países com certeza investiriam aqui e nos habitantes daqui, teríamos educação, saúde, estrutura, desenvolvimento responsável. Coisa que o Governo Brasileiro nem sonha em nos oferecer. Saibam que construções importantes para a região dependem de negociatas entre governantes e particulares, coisa típica de Brasil.

Já as jóias do PAC (a construção de duas grandes hidrelétrica no Rio Madeira em Porto Velho) poderia ser um exemplo da preocupação do Governo com a região e seus habitantes, porém o interesse maior é apenas a garantia de energia para o sul do Brasil, tendo em vista que a energia gerada será encaminhada em rede contínua para o cone-sul, de forma que nenhum estado da Amazônia Ocidental receberá a energia que será gerada na região. Isso mostra que o Brasil age da mesma forma que muitos alegam que os outros países agiriam na Amazônia: com interesse na exploração de recursos naturais somente.

Posso estar sendo precipitado, mas do jeito que está a situação é decepcionante.

Eu já não sei mais se vale a pena sustentar a frase: 'A Amazônia é nossa!'

PS: Não quero generalizar. ‘Sei que temos pessoas cultas e esclarecidas que se dão ao trabalho de conhecer o local que a humanidade dependerá em um futuro que não está muito longe.

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Muito bem...
Aconteceu o que eu esperava.
Ainda assim, acho prudente a Internacionalização da Amazônia, e imagino que de fato acontecerá a cooperação entre os países para a exploração científica e preservação da floresta. Os países desenvolvidos realmente fizeram muita coisa errada com suas reservas naturais, mas na época o mundo não estava ligando tanto para os riscos que a humanidade corre com o aquecimento global e a possível falta de água doce. Os países saberão cuidar da Amazônia, e o que garante isso será a já mencionada relação de "freios e contra pesos" que haverá nesta relação, que obviamente se dá por um rigoroso Tratado Internacional; um país fiscalizará o outro.

Dizem que o Brasil não foi o único país por ignorância a destruir uma floresta, mas na atualidade é de tamanha ignorância, e contradição, que em tempos que o mundo acorda para a acelerada destruição do planeta o Brasil resolva opinar sobre questões ambientais em âmbito internacional, enquanto suas próprias florestas estão sendo destruídas (derrubadas e queimadas) em ritmo acelerado, e o governo: inerte.

Não interpreto as "brincadeiras" com os estados da comunidade amazônida como de fato brincadeiras, mas sim como ofensa. Todos os estados da República Federativa do Brasil são iguais e nenhum é politicamente melhor que o outro, todos tem a sua autonomia e o Estado Brasileiro a soberania. O que deveríamos fazer é promover a integração nacional, coisa que muita gente deixa de lado, desprezando a importância que isso tem para força de uma nação.
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As pessoas precisam perceber que o mundo não se resume a Estados Unidos da América. A união e a pressão de muitos países é muito mais forte que essa única nação.
O princípio da Soberania teria que ceder para o principio da Dignidade da Pessoa Humana, Prevalência dos Direitos Humanos e por fim Cooperação Entre os Povos para o Progresso da Humanidade. Tudo isso levando em consideração a importância que a floresta tem para o planeta e seres humanos.
Lembrando que o Brasil se submete a muitos desses princípios em Tratados Internacionais dos quais é signatário.
Pode até precisar de 50 Amazônias para solucionar o problema do aquecimento global, mas uma única existente é de relevante e extrema valia e importância.
Outro ponto, o Brasil é sim deficiente em apoio a pesquisas científicas, principalmente em pesquisas que poderiam ser realizadas aqui na região pelas nossas Universidades. O problema é que os investimentos além de serem escassos, são centralizados. Enquanto isso muitos doenças ainda estão sem cura, outras em andamento que nunca chegam à conclusão, e outras que estão sendo realizadas em outros países com essências da Amazônia brasileira, devido à falta de iniciativa do governo em apoiar cientistas da região.
Veja as reportagens a seguir:

http://www.tvcanal1.com.br/tvcanal1/v2/ ... ateria=819
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 55447/view

Vejo que é com veemência que muitos se põem contra a internacionalização, mas eles vocês sabem daqui? O que sabem dos anseios e problemas pelos quais os amazônidas passam?
Se resolvessem responder, é claro que muitos fariam pesquisas Google e me dariam shows de respostas, mas no fundo não sabem, e nem fazem questão de saber sobre a região que fazem questão não abrir mão.
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Quando falo que a união de muitos países é mais forte que uma única nação, me refiro a união com fim coercitivo e não um a união formal; organizações internacionais como a ONU ou a OEA.
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O que está parecendo é que muitos acham que a Internacionalização se daria de qualquer maneira, mas é claro que não.
Seria por meio de um Tratado que respeitaria todas as formalidades que um Tratado Internacional deve ter, e é claro que seriam asseguradas cláusulas especiais garantindo alguns privilégios aos para os países que a priori a detinham (parte da Amazônia) com exclusividade.
Cláusulas que permitissem, por exemplo, um poder de voto maior em decisões importantes sobre a região.
Nunca defenderia uma Internacionalização, ou mesmo cooperação internacional a esmo sem discussão e debates.
A criação do Tratado seria como uma Assembléia Constituinte, onde haveria reunião das nações para discutirem a melhor maneira dessa cooperação acontecer.
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Confesso que me excedi em algumas passagens e citações, e, mesmo não tendo generalizado, peço desculpas a quem se ofendeu com alguma coisa. Mas vocês hão de entender que o que vocês tomam por brincadeira, para outras pessoas isso pode assumir outro âmbito, o da ofensa.
Pelo visto alguns de vocês fazem parte do grupo de "pessoas cultas e esclarecidas" que mencionei no tópico.
Depois de ler a resposta da Lingel Lovegood parei para refletir, e passei a pensar um pouco diferente, percebi que realmente me precipitei, principalmente pela falta de previsibilidade dos resultados da cooperação internacional.
Devo ser sensato e dizer que realmente "viajei" em algumas partes, mas em outras sei que tenho razão, por isso ainda vislumbro uma pequena possibilidade de viabilidade desse acontecimento.
O motivo que me levou a escrever esse tópico realmente foi a visualização do outro tópico referente ao querido estado do Acre (estado irmão de Rondônia), mas também a soma das ofensas que minha região de várias maneiras recebe. Tudo isso me deixa muito frustrado.
O Brasil é um país muito centralizado em várias questões, e pelo o que vejo o nosso país (se é que poderia dizer assim já está tão distante de nós) se resume apenas a porção sul e parte do litoral, enquanto as outras regiões são deixadas de lado.

São poucos os concursos com a finalidade de eleger um representante do país para alguma modalidade (não me refiro à eleição política) que conta com candidatos de todos os 26 estados e DF, para que de fato o resultado (o vencedor) do tal concurso possa ser realmente o representante do Brasil, pois para isso precisaria da participação de pelo menos todos os estados e DF, sem exceção.

Os quadros Lar Doce Lar e Lata Velho do programa de TV Caldeirão do Hulk são outros exemplos dessa exclusão cultural. Apesar de o apresentador pedir cartas de candidatos de todo o país para participarem dos quadros, em várias edições não me recordo de nenhum participante do Norte e Nordeste, e quiçá do Centro-Oeste. Já que a participação na prática é territorialmente limitada, porque pedir que pessoas de todo o país mandem cartas?

Pesquisas de comportamento, que em sua maioria são muito importantes para conceituação e criação de diretrizes, são realizadas com um número pequeno de pessoas em relação ao total de habitantes do país, mas isso é até tolerável, o problema está na limitação regional da pesquisa, isto é, uma pesquisa que leva um conceito do Brasil como um todo deve ter a opinião e participação de várias regiões distintas (mostrar a diversidade), não digo que entrevistem pessoas dos mais de 5000 municípios, mas ao menos de um município de casa estado, ou cidade satélite do DF.

Meu Prof. de D. Internacional comentou que não são poucos os parlamentares que querem que a Amazônia se dane, e ele tem autoridade para dizer isso. Muito desses parlamentares tem a Amazônia como um peso para o restante do Brasil, por não ser desenvolvida e ter pequena participação na receita nacional.

E não é por falta de empenho de nossos parlamentares que a Amazônia recebe poucos investimentos, mas sim a dependência que eles tem de outros congressistas para a aprovação de projetos de desenvolvimento para a Amazônia. Até mesmo recursos para construções importantes nos perímetros urbanos das cidades da região, o que não exige muita burocracia de questões ambientais.

Saibam que a Câmara dos Deputados é formada de representantes do povo de cada estado e DF (o número de deputados e força dos estados na Câmara é proporcional ao número de habitantes dos estados, sendo assim não tem como comparar o número de deputados de Rondônia com o de São Paulo) e o Senado Federal é composto por representantes de cada estado e DF (sendo assim todos os estados e DF tem o mesmo número de senadores, três, e a mesma força).
Também é importante lembrar que os recursos dos estados daqui são poucos, e ainda tem a maldita corrupção que está presente em todos os setores e regiões do Brasil.
O Complexo Energético do Madeira. Muitos diriam: tá aí um investimento que você tanto diz faltar. Mas não é bem assim. O investimento é muito bem vindo, entretanto os interesses na sua construção não é desenvolver o setor energético da Amazônia para a Amazônia, mas sim para afastar a falta de energia no sul do Brasil, isto é, a energia que será produzida aqui não ficará na região, apenas estão nos usando.
Outra coisa a lembrar: é fato que as pessoas daqui conhecem mais a porção sul do Brasil do que vocês do sul a porção Norte. Graças aos noticiários, programas de entretenimento e telejornais de rede nacional nós conhecemos seus pontos turísticos, seus problemas sociais, seus anseios e comportamento... claro que não conhecemos na mesmo intensidade que vocês, mas conhecemos bem mais do que vocês nos conhecem.
Então é isso pessoal. Ratifico minhas desculpas em caso de ofensa, e faço um pedido: procurem conhecer melhor a Amazônia e os estados que a compõe (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão) tal como outros estados do Nordeste que são tão esquecidos, mas que guardam grandes histórias e riquezas culturais que valem a pena serem conhecidas e apreciadas por todos.
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INGLÊS
I was thinking the last few days and realized that the internationalization of the Amazon would not be something so bad.
Based on the Brazilian Amazon. Not prudent to leave the majority of natural wealth in the hands of a single country, Brazil, a country that may end up completely with the Forest, as it did in the Atlantic, and appears not to have learned the lesson of the importance of natural resources, a country in which the greed and corruption in almost all sectors of its administration.
I think it impuséssemos us some conditions and some adjustments in the way of how you will, the internationalization of the Amazon would be feasible, many countries take care of here, and there would be a game of 'checks and counter weights' between them, one over the other and all care for the preservation and scientific exploration of the Amazon in favor of humanity, with studies of relevant importance for the cure of diseases that threaten the human race. Thing you want to leave the country, our universities are poor, and few teams in the research that has the support of the government to develop. The success of Brazil with important research takes place mainly in most cases, the commitment of researchers, that even with the difficulties to succeed in their work.

The Amazon has great value to all mankind, and not just a country that hold precious, especially when this country is irresponsible. A country that knows no way of accurately monitoring and preventive, to stop the deforestation and burning in the forest, a country where impunity is common, practice in a country that forgets the importance of this region has for the planet.

Despite being a Brazilian, and believe me, I have pride and love of my country because it gives few reasons for this, but the way my region is treated by governments and federal authorities, and also by some inhabitants of southern regions of the cone - the country is sad and appalling. The authorities failed to invest in the region and is popular for doing what I call the "play" to question the existence of the state of Acre, suggesting that it does not integrate or not important enough to be reminded; thing for me only may be one thing: bad field of knowledge of the geography of Brazil. It grieves us to say that here there is only "kill" (Amazon forest), or ignorance to confuse Amazon Amazon, and more, suggesting that we are not civilized and developed.

But go talk about internationalization of the Amazon for some of the cone-south of the country, which will immediately be filled if a false patriotism and put it flatly against internationalization, but ask: what they know about the region? Where is it? States that cover? Which countries are part? Many will not know answer. So why someone might want to you something you do not know and neither would know? And worse, disregard also.

I think it's time the Brazilians know a little better your country and value the Amazon region, as seen in the Internationalization of the Amazon a chance of real investments in the region, many countries with certain people in here and invest here, we would have education, health, structure, responsible development. Thing the Brazilian government and dreams of the offer. Know that buildings important to the region depend on negociatas between government and private, something typical of Brazil.

Already the jewels of the CAP (the construction of two large hydropower in the Rio Madeira at Porto Velho) could be an example of the government's concern with the region and its inhabitants, but the greater interest is only the security of energy to the south of Brazil, given that the energy generated will be passed on to the network continuous cone-south, so that no state of the Western Amazonia receive the energy that is generated in the region. This shows that Brazil acts the same way that many argue that other countries act in the Amazon: with interest in the exploitation of natural resources only.

I may be being hasty, but that is the way the situation is disappointing.

I do not know if it is worth more to sustain the sentence: "The Amazon is ours!"

PS: I do not want to generalize. 'I know we have educated and enlightened people who take the trouble to know the place that humanity will depend on a future that is not very far.

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Well ... t happened as I expected.

Still, I caution the Internationalization of the Amazon, and I imagine that in fact happen cooperation between the countries for scientific exploration and preservation of the forest. Developed countries really did much wrong with its nature reserves, but when the world was not connecting to both the risks that humanity corresponding to global warming and the possible lack of fresh water. The countries will take care of the Amazon, and it will ensure that the above list of "checks and counter weights", that this relationship, which of course is through a rigorous international treaty, a country monitor the other.

They say that Brazil was not the only country in ignorance to destroy a forest, but in actuality is of such ignorance and contradiction, which was once the world agrees to the accelerated destruction of the planet Brazil resolve opinions on environmental issues in the international , while its forests are being destroyed (burned and dropped) at an accelerated pace, and the government: inert.

Not interpret the "play" with the states of the Amazon and in fact games but as offense. All states of the Federative Republic of Brazil are politically equal and none is better than the other, each has its autonomy and the Brazilian state sovereignty. What we should do is to promote national integration, something that many people leave out, minimizing the importance it has to force a nation.

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People need to realize that the world is not just the United States. The union and the pressure of many countries is much stronger than the single nation.

The principle of sovereignty would have to cede to the principle of human dignity, Prevalence of Human Rights and finally cooperation between peoples for the progress of mankind. All this taking into account the importance that the forest has for the planet and human beings.

Pointing out that Brazil is subject to many of these principles in international treaties to which it is signatory.

You may even need 50 Amazon to solve the problem of global warming, but only one is relevant and existing extreme value and importance.

Another point, Brazil is rather poor in support of scientific research, especially research that could be held here in the region by our universities. The problem is that investments in addition to being scarce, are centralized. Meanwhile, many are still without cure diseases, others in progress that never come to the conclusion, and others that are being conducted in other countries with essences of the Brazilian Amazon because of lack of government initiative to support scientists in the region.

See the reports below:

http://www.tvcanal1.com.br/tvcanal1/v2/ ... stick = 819
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 55447/view

I see it is that many are vehemently against the international call, but you know they here? What do you know the desires and problems for which the Amazon go?

Been solved answer, it is clear that many would do Google searches and I would show the answers, but in the end do not know, and neither are keen to know about the region that are keen not to give.

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When I say that the union of many countries is stronger than a single nation, I mean to end coercive union with the union and not a formal, international organizations like the UN or the OAS.

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What is it that many seem to think that internationalization would be anyway, but of course not.

Would be through a treaty that meets all the formalities which must be an international treaty, and of course that would be provided special provisions to ensure some privileges to countries that had a priori (the Amazon) with exclusivity.

Clauses which allow, for example, a greater voting power on important decisions on the region.

Never defend an Internationalization, international cooperation or even haphazard without discussion and debates.

The creation of the Treaty would be a Constituent Assembly, where there nations meeting to discuss the best way of this cooperation happen.

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I confess that I exceeded in some passages and quotes, and even did not care, I apologize to those who are offended with something. But you have to understand that you take a joke, to others it may take another course, the offense.

Apparently some of you are part of the group of "educated and enlightened people" mentioned in the topic.

After reading the response of Lingel Lovegood stopped to reflect, and began to think a little different, I realized that I actually precipitate, mainly the lack of predictability of the results of international cooperation.

I must be sensible and say that actually "traveled" in some parts, but I know other reason, can see why even a small possibility the feasibility of that event.

The reason that led me to write this topic really was the view of another topic related to the beloved state of Acre (state of Rondônia brother), but also the sum of the harm that my region receives a number of ways. All this leaves me very frustrated.

Brazil is a very centralized country on various issues, and I see our country (if I could say this is as far from us) is all just part and southern part of the coast, while other regions are left aside.

There are few competitions for the purpose of electing a representative of the country for any sport (I do not mean the election policy) that has candidates in all 26 states and DF, so that in fact the result (the winner) of this competition can be the representative of Brazil, because it would need to at least the participation of all states and DF without exception.

Tables Home Sweet Home and heap of the program of the Hulk TV Caldeirão are other examples of cultural exclusion. Although the presenter request letters of candidates across the country to join the tables in many editions I do not recall of any participant in the North and Northeast, and perhaps in the Midwest. Since participation in the practice area is limited, because asking people to send letters across the country?

Search behavior, which mostly are very important for conceptualization and creation of guidelines, are made with a small number of people in the total population of the country, but this is even tolerable, the problem is the limitation of regional research, ie, a search that takes a concept of Brazil as a whole should take the views and participation of several distinct regions (the variety show), do not tell people that interviewed more than 5,000 municipalities, but at least a city of home state or satellite city of the DF.

My Prof. of D. International said that the parliamentarians are few who want the Amazon is dane, and he has the authority to say that. Many parliamentarians have the Amazon as a weight for the rest of Brazil, for not being developed and have little involvement in national income.

It is not for lack of commitment by our parliamentarians that Amazon receives few investments, but the dependence they have to other congressmen for the approval of development projects in the Amazon. Even resources for major buildings in urban perimeters of cities in the region, which does not require much bureaucracy of environmental issues.

Know that the Chamber of Deputies is composed of representatives of the people of each state and DF (the number of members and force the states in the House is proportional to the number of inhabitants of the states, so is not to compare the number of Members of Rondônia with to São Paulo) and the Senate is composed of representatives from each state and DF (and thus all the states and DF has the same number of senators, three, and the same strength).

It is also important to remember that the resources of the states there are few, and still has the damn corruption that is present in all sectors and regions of Brazil.

The Complex of Wood Energy. Many would say: there 's an investment that you both say missing. But not quite. The investment is very welcome, however the interest in its construction is not to develop the energy sector of the Amazon to Amazon, but to prevent a loss of power in southern Brazil, ie the energy that is produced here will not be in region, are only in use.

Another thing to remember: the fact is that most people here know the southern portion of Brazil that the southern portion of you north. Thanks to news, entertainment and news programs of the national network we know their sights, their social problems, their aspirations and behavior ... course not know the same intensity as you, but know more than you in the know.

So this is personal. Confirms my apologies in case of offense, and do a request: looking better and the Amazon states that compose (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Mato Grosso and Maranhão) as other Northeastern states that are so overlooked, but that keep great stories and cultural riches that worth it are known and appreciated by all.

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mensagem encaminhada à Central do Cidadão do Portal do Supremo Tribunal Federal

"Estou demasiado triste com esta instituição, a começar pelo ministro que a preside, pois seu posicionamento em casos recentes me decepciona, e não só a mim como muitos brasileiros.

Pra mim o Supremo está cada vez mais perdendo a credibilidade, e isso é o que nos preocupa, pois guardávamos no Judiciário a esperança de bons serviços no organismo público brasileiro.

O que o ministro Joaquim Barbosa falou para o ministro Gilmar Mendes naquele dia era exatamente o que eu gostaria muito de dizer ao mesmo. Principalmente quando diz 'Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país'.

E não sei o porquê, mas que é estranho é, a atitude dos oito ministros que elaboraram uma carta melosa ao ministro Gilmar, me parecendo um grande 'puxasaquismo', ou coisa mais obscura.

Meus cumprimentos ao ministro Joaquim!"

Gripe A (Gripe Suína) se espalha pelo mundo



As autoridades internacionais alertam o mundo para uma pandemia!

A gripe suína, que teve seu primeiro caso no México, está se espalhando pelo mundo. A Organização Mundial de Saúde elevou o alerta para o nível 5 de uma escala que vai até 6, tornando a Gripe Suína uma pandemia, por se espalhar rápido no mundo.

O governo mexicano divulgou hoje que doze pessoas já morreram pela doença, nos EUA uma criança mexicana também morreu devido a doença, sendo o primeiro caso de morte fora do México. O Peru registrou a primeira morte pela doença na América do Sul. E em vários outros países já foram registrados casos da gripe.
No Brasil já foram registrados três casos suspeitos da gripe, dois em São Paulo e outro Belo Horizonte, e 36 pessoas estão em observação. Duas das pessoas com suspeita de ter a doença e oito em observação estão internadas no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, que é tido como o maior centro especializado em infectologia da América Latina.
No total 260 casos da doença foram registrados, e naa Espanha foi divulgado o primeiro caso de uma pessoa que contraiu a doença sem ter ido ao México.

Até agora já foi registrado casos da doença em 12 países. E em inúmeros outros há casos suspeitos.

A estimativa é que em seis meses comece a produção em larga escala da vacina contra a doença.

Em lugares de grande aglomeração, como em metrôs, no México e em vários aeroportos e portos internacionais pelo mundo, a máscara cirúrgica já é um item necessário para evitar a proliferação do vírus. E o presidente mexicano Felipe Calderón foi em cadeia nacional pedir ao seu povo que evitem sair de casa.

As recomendação no Brasil é que só se viaje para o México e Estados Unidos se extremamente necessário.

O Ministério da Saúde do Brasil acalma a povo brasileiro dizendo que o país está preparado para cuidar dos casos suspeitos e é capaz de combater a doença, se esta chegar ao país. E veicula na televisão mensagem esclarecendo sobre a doença, e a sua não transmissão pelo consumo da carne de porco, e se compromete a manter a população informada.
A Organização Mundial de Saúde muda o nome da doença para "Gripe A", em virtude do outro nome estar atrapalhando o comércio de carne suína no mundo.

Em Rondônia não há qualquer indício da gripe A, entretanto com a divulgação da doença no Peru, país limítrofe com Amazônia Ocidental, há remotas possibilidades.

Em Porto Velho mudanças são percebidas no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira. A ANVISA enviou kits de proteção pessoal para uma eventual situação de alerta, além de mensagens via som serem periodicamente transmitidas no aeroporto alertando os sintomas, países atingidos e recomendando a procura pela ANVISA em casos suspeitos. Uma sala está disponibilizada para pronto atendimento com acesso rápido para ambulância do CEMETRON.
Dados da OEA (30/04/2009)
- Já são 257 casos comprovados da doença em 11 países, sendo deles 6 da Europa.
- Nos EUA são 91 casos em vários estados, principalmente no de New York.

domingo, 5 de abril de 2009

Revista Época insulta Porto Velho

A reportagem é absurda, tal como a forma como a qual foi elaborada (segundo rumores de que a própria filha da entrevistada disse): baseada em um telefonema realizado a uma única entrevistada, e com demasiado exagero em cima das declarações da dona-de-casa.
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Revista Época
30/03/2009 - 17:42

A cidade que não estava lá
Porto Velho, capital de Rondônia, recebe as famílias de trabalhadores das usinas do Rio Madeira com aluguéis exorbitantes, sistema de saúde precário e uma coleção de problemas de infra-estrutura
Por Eliane Brum, de Porto Velho



As famílias dos trabalhadores das polêmicas usinas do Rio Madeira começam a desembarcar em Porto Velho, capital de Rondônia. Encontram uma cidade com aluguéis mais elevados que São Paulo, sistema de saúde precário, rede escolar deficiente, calçadas esburacadas, saneamento básico quase inexistente e lixo para todo o lado. Com a perspectiva de anos de trabalho por lá, os maridos tem de se esforçar para que a mulher não faça as malas e pegue um avião de volta enquanto ele está no trabalho. São funcionários das empresas dos consórcios que constroem as usinas de Santo Antonio e Jirau e não têm escolha, é “vai ou vai”. “Meu marido não me contava a verdade quando falava comigo por telefone”, conta Andrea Rocha Izac, de 37 anos, três filhos. “O bicho é muito mais feio do que eu pensava. Acho que meu marido tinha medo que, se contasse como era, eu não viesse. E ainda nem sei se vou conseguir ficar!”

Nos primeiros anos, na fase de estudos de viabilidade, os homens vinham sozinhos. Desde o final do ano passado, começaram a chegar as famílias. Os problemas de Porto Velho, que sempre foram muitos, multiplicaram-se, acentuados por uma voracidade do setor imobiliário, especialmente, e do comércio em geral. O preço do aluguel de imóveis em Porto Velho triplicaram e hoje tornou-se um dos mais altos do Brasil. “Eles olham pra nós e não enxergam pessoas. Vêem uma notinha de dólar”, desabafa Andrea. “Como vou me sentir bem num lugar que me recebe assim?”

Andrea e o marido, o engenheiro agrônomo Marco Antonio Izac, 39 anos, que trabalha para uma das empresas do consórcio há 17, deixaram uma casa própria de 140 metros quadrados, com três quartos, dois deles suítes, num condomínio fechado de uma área nobre de Cuiabá, no Mato Grosso, a 500 metros de um parque. Conseguiram alugá-la por R$ 1500. Em Porto Velho, o melhor que encontraram foi uma casa menor, distante da área central e das partes mais nobres, também num condomínio fechado, mas cercado de água empoçada há semanas, por R$ 1800. Insatisfeitos, eles procuram outro imóvel, mas apartamentos bem localizados, cujo aluguel valia R$ 1 mil há um ano, hoje custam R$ 2.500. Negociação é uma palavra riscada na cartilha dos agentes imobiliários de Porto Velho. Não precisam dela. Toda semana tem alguém desesperado batendo na porta em busca de casa para morar.

O choque da família Izac aumentou ainda mais depois que o caçula dos três filhos adoeceu. Antonio Jorge, de seis anos, pegou dengue, provavelmente porque a água empoçada ao redor do condomínio é um criadouro de mosquitos. Mas só conseguiu atendimento no quarto hospital – e isso com plano de saúde. A filha mais velha, de 15 anos, está com problemas de adaptação à escola e à cidade. Procuraram uma psicóloga. Depois de esperarem horas pela consulta, foram embora sem que a profissional conveniada tivesse aparecido. Para quem só pode contar com o SUS, a situação já começa a virar caso de polícia. Na edição dominical do jornal O Estadão, de Porto Velho, a manchete era: “Médicos ameaçados de morte nos postos de saúde da capital”. A causa: demora no atendimento.

A educação, para quem pode pagar, é cara. Para quem não pode, há risco de ficar sem. Com três filhos na escola, a família Izac desembolsa, em Porto Velho, 40% a mais no valor das mensalidades em uma escola privada. “É tudo muito feio, muito sujo e muito caro. Eu preciso dizer aos meus filhos que vai dar tudo certo, mas minha vontade é só dormir”, diz Andrea. “Quando meu caçula adoeceu e foi aquele descaso, quase fiz as malas e fui embora.”

As mulheres recém-chegadas encontram-se na casa de Andrea para trocar informações e desencantos. “Conto os dias para ir embora”, diz a dona da casa. “Acho que quando cansar de contar, acostumo.” Ela tem pela frente uma perspectiva de pelo menos sete anos na capital de Rondônia. Animada mesmo, só Odila Pereira. Aos 55 anos, dois filhos adolescentes, Porto Velho é a sétima cidade em que ela desembarca com o marido. Já morou com bebê pequeno em hotel, já passou por todo tipo de perrengue. “A mulher é a pessoa principal nessas mudanças, nós temos de ser o esteio psicológico para o marido, que tem um desafio novo no trabalho, e para os filhos, que estão deixando cidade e amigos”, ensina Odila às mais jovens. “Não é fácil, mas a gente tem de ser forte. Pra mim o que importa é estar com a minha família, mesmo que seja difícil. E é.”

Porto Velho é uma cidade que tem a história tatuada na geografia urbana. Quase não há árvores nas ruas esburacadas, mesmo no centro, o que torna o calor ainda mais opressor. A floresta desmatada é um eco também ali. Diferente de outras capitais amazônicas, quase não se veem índios. Praças e espaços públicos são escassos, as calçadas são desiguais e pontuadas por lixo. A atmosfera é pesada e triste. Não parece um lugar para pessoas. Ou pelo menos para exercer a cidadania. Assemelha-se a uma cidade de passagem. Como definiu um companheiro de viagem, Claudiney Ferreira, “Porto Velho é uma cidade que não é daqui”.

Políticos, empresários e até jornalistas festejam o que está sendo chamado de “crescimento chinês em Rondônia”, que estaria assim imune à crise econômica mundial. Caras e controversas, as usinas hidrelétricas do rio Madeira, vitrines do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), custarão cerca de R$ 20 bilhões, com a previsão de injeções polpudas na economia de Rondônia pelo menos até 2013. Mas se a elite empresarial e política de Rondônia aprecia comparar o crescimento com os melhores índices da China, é bom também que perceba as semelhanças com as piores mazelas.

Acostumados a seguir as grandes obras de suas empresas, os trabalhadores mais especializados, que não são substituíveis por mão de obra local, estão assustados com Porto Velho. “Já fiz todos os cálculos”, diz o engenheiro civil Ângelo Leal, 41 anos, coordenador de equipe, em Furnas, uma das empresas que constrói a usina de Santo Antonio. “Se tiver de me mudar para cá com a minha esposa, o custo de vida vai aumentar 40% e a qualidade vai diminuir muito.” Uma casa equivalente ao sobrado que vive em Goiânia e cujo aluguel custa R$ 550, em Porto Velho ele só encontra por R$ 1300. O casal gasta, na capital goiana, R$ 500 mensais em gêneros de primeira necessidade. Segundo a pesquisa de Ângelo, em Porto Velho serão R$ 150 a mais, com qualidade pior. “Sem contar que apenas 20% da água de Porto Velho é tratada e há apenas 3% de esgoto sanitário”, afirma. “Estou aqui há quatro anos, indo e vindo, e me sinto trabalhando em outro país.”

A vida piorou também para quem já vivia em Porto Velho. A estimativa é de que hoje exista um déficit de 2 mil vagas escolares na rede pública. O atendimento nos hospitais chega a dois dias de espera, cirurgias estão sendo adiadas por meses. Na hora de renovar os aluguéis, moradores descobrem que o proprietário quer três vezes mais, apostando nos recém-chegados. O jeito é pagar o mesmo por um lugar três vezes pior e ainda mais periférico. Outra leva de gente vai chegando dos cantos empobrecidos em busca de um cantinho na mais recente das grandes obras amazônicas. O desfecho dessa migração a história já mostrou. Mas com alma de migrantes, que já andaram um bom trecho do país, os que chegaram há anos e os que alcançam hoje a borda de Rondônia, comungam de uma esperança que já virou ilusão em empreendimentos anteriores: a de que a vida vá melhorar com um posto de serviço nas obras de Santo Antonio e Jirau. Ou em algum dos milhares de empregos indiretos prometidos. Sem outra alternativa a não ser buscar, nessa migração eles vão carregando o Brasil nos pés.

Resposta:

Nunca senti tanto nojo ao ler uma reportagem quando li esta: A cidade que não estava lá, de Eliane Brum. O material jornalístico não é imparcial e é tendencioso do começo ao fim.

Porto Velho, terceira capital do Norte do Brasil, lamentavelmente tem sim os problemas citados, entretanto a Sr.ª Eliane os expôs de forma exagerada, e se quer mencionou as razões de estarmos nestas condições, razões estas que envolvem todo um contexto histórico e político. E a julgar pela forma que foi abordada a reportagem essa infeliz profissional não se deu o trabalho de fazer um breve estudo sobre o passado da cidade, talvez se assim tivesse feito saberia escrever algo melhor e mais bem feito. E a julgar pelas fotos que ilustram a reportagem (fotos antigas espalhadas há tempos na Internet, sendo facilmente encontradas em uma pesquisa Google) ela provavelmente nem se quer colocou os pés por aqui.

Os problemas de fato existem, mas Porto Velho, assim como toda a Amazônia não têm apenas isso para mostrar, por aqui temos muita gente boa e ruim, lugares feios e outros que valem apena serem conhecidos; são situações presentes em todo e qualquer lugar. Exceto, claro, na bolha de fantasias de onde devem ter vindo a repórter e a entrevistada fútil e tapada.

Se a Sr.ª Eliane Brum conhecesse tão bem a história do Brasil saberia que os problemas que assolam Porto Velho, assim como em todo o Estado, é decorrente dos vários ciclos de exploração descontrolados na região (ciclos da borracha, cassiterita, diamante, ouro), ocasiões que proporcionaram crescimento populacional, e desenvolvimento desorganizado. Muitos ganhavam dinheiro e iam embora, e Porto Velho ficava com os danos ocasionados por tais ciclos econômicos; sem ter qualquer compensação relevante. E com as obras das hidrelétricas do Madeira, a cidade de Porto Velho volta a ser assombrada por essas consequências.

A repórter, também devia ter levado em consideração que a região Norte do Brasil é a mais esquecida e marginalizada pelos Governos que estiveram à frente país, sendo raros os investimentos feitos em prol da dignidade do pessoa amazônida.

O resto do Brasil vê a Amazônia com os mesmos olhos que (segundo alguns) os outros países a vêem: com interesse nos recursos naturais da região, apenas isso. A construção das hidrelétricas do Madeira é um grande exemplo, tanto que a necessidade de sua existência é a garantia de energia para o Sul do Brasil, uma vez que a energia gerada pelas hidrelétricas irão em rede contínua direto para aquela região. São raras as obras que investem no povo local, ou que garantam melhores condições de vida para os mesmos. A sensação de esquecimento e isolamento é grande.

Outra coisa que devia ter sido esclarecido naquela reportagem é a falta de planejamento que houve com a vinda das hidrelétricas do Madeira, isto é, as obras das hidrelétricas estão a todo vapor, entretanto as obras de infra-estrutura, que deveriam ter ficado prontas primeiro, estão na prática a passos lentos. E a desestruturação da cidade é fruto de anos e anos de abandono e descaso, por parte das autoridades políticas de âmbito Federal e locais. 

Irracional também foi o intento da jornalista em querer de fazer de Porto Velho o pior lugar do mundo. São Paulo por exemplo, é uma megalópole internacional, tida como a maior cidade da América Latina com mais de 450 anos; entretanto, mesmo assim também tem seus defeitos de infra-estrutura, como as enchentes causadas pelo lixo jogado nas ruas, sem falar que São Paulo, tal como outras grandes capitais, também não estão imunes à buracos nas vias, lixo, pessoas mal educadas (parte dos mesmos são preconceituosos e intolerantes com nordestinos e nortistas), dengue, pra resumir, todo dia a imprensa nacional mostra vários problemas que assolam também os grandes centros do país.

A construção das hidrelétricas gerando energia exclusivamente para o cone-sul, só vai fazer que São Paulo, possuidor do maior PIB do Brasil, fique mais forte e poderoso, e Porto Velho fique com os vícios de um crescimento muito rápido e desorganizado, decorrente de uma grande obra mal planejada.

Quanto à entrevistada, sugeriria que procurasse algo melhor pra fazer da vida, em vez de atender certas repórteres para conspirarem contra a cidade que a recebeu. Pelo menos estão sentindo na pele o drama que nós nortistas passamos há anos por estarmos distantes dos grandes centros, e por Porto Velho ter sido uma cidade muito hospitaleira em outras épocas, afinal, é sempre isso o que ganhamos a cada ciclo econômico instigado pelo Governo Federal: salto populacional e nenhuma compensação relevante no tocante a infra-estrutura no local.

Eliane em sua reportagem disse que não viu índio por aqui, mas é claro que os poucos índios civilizados que vivem na cidade não andam com um crachá dizendo o que são, e se ela quisesse mesmo ver índios ela deveria ter visitado nossas florestas. Entretanto é bem provável que a mesma tivesse o pensamento besta de que índios andam nus no meio urbano.

Costuma-se dizer que quem financia a violência são os que compram drogas, quanto ao desmatamento não é diferente: quem financia a destruição da floresta e quem compra madeira irregular. São várias as reportagens-denúncias que mostram caminhões carregados de troncos de árvores, ou madeira beneficiada, irregulares, rumo ao sul do Brasil, que são os principais compradores.

E não se sabe de onde a Sr.ª Brum tirou que a atmosfera em Porto Velho é triste, pois a verdade é extremamente o contrário, pois apesar de todo e qualquer problema o povo portovelhense é alegre e não perde a esperança. E ao dizer que a cidade não parece um lugar para pessoas a jornalista ofende os portovelhenses com tamanha brutalidade. Mas por outro lado talvez a cidade de Porto Velho não seja mesmo um lugar para pessoas... Sim, não é uma cidade para pessoas como ela e a dona-de-casa desocupada, e para tanto a entrada da cidade esta sempre aberta para gente vazia como as duas irem embora. Aliás, por que a dona-de-casa veio? E já que viver em Porto Velho é tão ruim por que permanecem aqui? Vão embora e levem todo de ruim que vocês trouxeram, pois Porto Velho não precisa de gente como elas, garanto que não farão falta, e se for por falta de adeus: Tchau! Vão pela sombra!

Importante esclarecer que as portas da cidade estarão sempre abertas para receber pessoas respeitosas que queiram crescer, trabalhar e contribuir para o progresso de Porto Velho. E tão importante quanto dizer isso, é lembrar que cidade agradece aos muitos imigrantes de bom senso; pessoas de fora que cresceram, progrediram e estão sabendo retribuir, mesmo que defendendo Porto Velho de pessoas pequenas que o máximo que sabem fazer é criticar e insultar a cidade que as recebeu, recebe, e certamente continuará recebendo.

A reportagem da Sr.ª Eliane foi feita com a única intenção de denegrir a imagem de Porto Velho em cenário nacional, tanto que se a mesma quisesse demonstrar profissionalismo, procuraria as famílias de operários da mesma construção, e não exclusivamente famílias de ocupantes de cargos elevados. Também deveria  ter entrevistado portovelhenses de sangue ou de coração para mostrar também o ponto de vista deles, além de entrevistar representantes da Administração da cidade e, ainda, ter procurado saber sobre a origem de tais problemas. Porém o que há são rumores de que a referida jornalista escreveu tal matéria baseada somente num telefonema a uma única entrevistada. E se de fato foi assim que surgiu tal trabalho jornalístico, que crédito essa profissional deve ter? Se é que uma jornalista assim poderá ser chamada de profissional.

A respeito da revista Época, que já não era tão importante, perde ainda mais a credibilidade, pois está demasiado claro que o nível da revista está muito baixo... E com essa reportagem medíocre despenca ainda mais. Como um editor permite que uma reportagem insulte tão gravemente uma cidade inteira? Que uma reportagem tão tendenciosa seja publicada? E você, caro leitor, se realmente costuma dar valor a reportagens feitas com responsabilidade e profissionalismo, sugiro que não assine a Revista Época.

sábado, 14 de março de 2009



Confira o quadro comparativo de algumas hidrelétricas já existentes no Brasil com as futuras hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.

Sanuel
Tam. do reservatório: 584 Km²
Potência: 217 MW

Balbina
Tam. do reservatório: 2.360 Km²
Potência: 250 MW

Tucuruí
Tam. do reservatório: 2.414 Km²
Potência: 4000 MW

Futura Hidrelétrica de Jirau
Tam. do reservatório: 258 Km²
Potência: 3300 MW

Futura Hidrelétrica de Santo Antônio
Tam. do reservatório: 271 Km²
Potência: 3150 MW

sábado, 31 de janeiro de 2009

Aumento abusivo da passagem de ônibus em PVH!



Lamentável! O prefeito em exercício de Porto Velho, Emerson Castro, sem titubear, resolveu recentemente aumentar a passagem de ônibus na cidade de R$ 2.00 para R$2.30. O aumento de R$ 0.30 parece ínfimo, mas para quem depende do serviço diariamente esse aumento não é visto com bons olhos.
A razão de ser considerado abusivo esse aumento é o fato das empresas, ou empresa, executar o serviço com péssima qualidade. No aumento anterior da passagem, de R$ 1.80 para R$ 2.00, as empresas e o prefeito prometeram otimizar o serviço, e que isso era uma das razões para o aumento. Mas o que realmente aconteceu foi o inverso, o serviço que já era ruim conseguiu ficar pior.
Antes do aumento anterior havia uma quantidade razoável de veículos com ar-condicionado, a linha Presidente Roosevelt era uma das melhores, sua frota era toda equipada com ares-condicionados, mas depois de aumentarem a tarifa, a qualidade dessa linha caiu drasticamente, isto é, hoje não temos mais uma linha que se possa dizer que "boa". Muitos ônibus estão sucateados, sem falar que muitos deles são sucatas de outras cidades. Em um ônibus a empresa que atua em Porto Velho se quer se deu ao trabalho de tirar os selos com os números dos telefones da Semtran de São Paulo de dentro do veículo. Quanto aos ares-condicionados o que a empresa fez foi tirá-los de vários ônibus, sendo que a promessa era aumentar o número de veículos equipados.

O desrespeito para com os portadores de deficiência física ainda persiste, pois são poucos os ônibus com elevador na porta, lembrando que há muito tempo os deficientes reivindicavam essa atenção. Somente agora que a tal empresa de ônibus comprou alguns ônibus especiais, mas ainda é comum ver deficientes se arrastando com suas cadeiras pelas portas desapropriadas para eles, obrigando-os a ficar a mercê da boa vontade de pessoas que os ajudem.

Além dos ônibus caindo aos pedaços outro grave problema são os condutores e cobradores dos veículos. São poucos deles que usam de educação, mas é uma boa parte deles que são rabugentos e mal encarados. Entre os motoristas temos alguns que não respeitam nem mesmo aos idosos, esses que são seriamente afetados pela falta de qualidade nesse serviço. Muitos já devem ter presenciado um idoso quase cair depois de mal entrar no veículo quando o motorista arranca bruscamente, ou mesmo perceber que ele vê o idoso na parada acenando e resolve ignorá-lo, ou mesmo fechar a porta do ônibus com alguém ainda descendo os degraus, mas, nesse ponto tenho que fazer justiça, não é totalmente culpa do motorista, mas sim da medida inescrupulosa da empresa de ônibus de ter mudado para porta traseira a saída nos ônibus, local de difícil visibilidade para o motorista. E essa medida foi tomada com uma especial intenção, acabar com a figura do cobrador.

Mas isso está com os dias contados, pois a Justiça de Rondônia determinou que a empresa fizesse a mudança, isto é, passe a entrada para a porta de trás e a saída para frente dentro de determinado prazo. E isso parece já estar acontecendo, linha por linha receberá a modificação em sua frota por períodos, até todas estarem regulares. A linha Cohab Floresta será a primeira.

Outro grupo sofre bastante com esses problemas no transporte público, o de acadêmicos. Porto Velho já é considerada por muitos como uma cidade universitária, mas tal empresa de ônibus parece não se tocar disso, pois diariamente, principalmente à noite, muitos acadêmicos utilizam ônibus para se deslocarem às faculdades, e a cada dia é um sofrimento. Muitos acadêmicos trabalham no centro da cidade e se deslocam do trabalho para a faculdade, cansados, estressados, exaustos, mas ainda assim têm que enfrentar ônibus lotados, em pé, e muitas das vezes carregando materiais (só um Vade Mecum pesa horrores). Lembrando ainda que é raro uma viva alma que está acomodada se prontificar a carregar o material de quem está em pé.

As faculdades fora do perímetro urbano de Porto Velho são as mais atingidas pela falta de linhas que as atendam, mas é a Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia quem está em situação mais crítica, pois em relação a outras instituições é a que menos é atendida por linhas de ônibus. Apenas as linhas Ulisses via BR 364 e Candeias atendem a faculdade regularmente, lembrando que a segunda não aceita o cartão Leva Eu.

As linhas especiais universitárias estão sendo insuficientes para atender ao grande número de pessoas que ingressam nas várias faculdades da cidade semestralmente.

Algumas pessoas que têm transporte público como única opção de deslocamento, ao pegar um ônibus se vêem obrigadas, devido a absurda lotação, a viajar em cima do capô do veículo, o que é proibido, mas diante da lotação... vale tudo.

Essa situação chega a ser até mais grave do que parece, pois diante disso as pessoas estão sendo humilhadas, é um tratamento que desrespeita e agride a integridade dos usuários. E muitos deles, que viajam desconfortavelmente na frente dos ônibus, ainda são obrigados a passar pela roleta e pagar pelo serviço desprezível prestado pela empresa.

Outro gravame, agora de responsabilidade da Prefeitura é falto de abrigos nas paradas de ônibus. Muitas paradas não têm, e algumas que têm estão em péssimo estado. E os abrigos que a Prefeitura tem construído não são nada adequados, pois além de mal protegem os usuários do Sol, não protegem nada das fortes chuvas da região. Os abrigos são um "ovo".

Mas é com pesar que tenho que reconhecer que boa parte dos abrigos que estão deteriorados é devido ao vandalismo. Delinquentes, em suas maiorias juvenis, desocupados que não tem o que fazer, e que por débil diversão inventam de estragar algo que é de todos, o que chega a ser até uma burrice, pois o patrimônio que esses vagabundos destroem hoje pode fazer falta pra eles mesmos mais tarde.

Quanto a esse novo aumento, a exemplo do que faz o Congresso Nacional ao votar pelo aumento do salário de seus membros na surdina da noite, ou quando as atenções da o povo estava para a Copa do Mundo ou para a vinda do Papa ao país, o prefeito em exercício de Porto Velho, Emerson Castro, aumentou a tarifa de ônibus durante as férias escolares, talvez receando uma eventual reação de estudantes organizados, a exemplo do que acontece em muitas cidades Brasil afora. Mas isso seria muito pouco provável de acontecer, pois as entidades estudantis de Porto Velho, em sua esmagadora maioria, só existem para arrecadar dinheiro com a confecção de carteirinhas estudantis. A cada começo de ano surgem várias, sempre oferecendo as carteirinhas estudantis que são confeccionadas de qualquer jeito, sem exigir uma comprovação real de que quem está tirando é mesmo um estudante ou acadêmico, bastando apenas uma foto, e, claro, o dinheiro.

Algumas dessas entidades são até apoiadas ou patrocinadas pela própria Semtran, daí já podemos imaginar que tais entidades jamais se voltariam contra uma decisão de aumento da tarifa tomada pela Prefeitura.

A Câmara de Vereadores também tem sua parcela de responsabilidade pela precária prestação do serviço de transporte público em Porto Velho, pois esta instituição que na teoria é muito importante para os municípios, poderia muito bem regular o serviço de transporte coletivo visando a otimização desse serviço, mas infelizmente não o faz, seja por incompetência ou por seus membros terem "rabo preso" com a empresa prestadora do serviço.

Pelo que se observa a Câmara dos Vereadores de Porto Velho apenas faz uma audiência pública aqui outra ali; delibera sobre o orçamento do município aqui e o aumento do salário de seus membros e prefeito ali. Mas poderia fazer muito bem regular o serviço de transporte coletivo da cidade criando medidas simples, ou nem tanto, mas necessárias, lembrando que a empresa pode muito bem arcar com as melhorias no serviço, pois se empresas que atuam na área em cidades do mesmo porte que Porto Velho conseguem oferecer ótimo serviço a baixo custo, porque essa daqui não pode fazer o mesmo?

O Ministério Público de Rondônia é outro órgão que poderia também observar a prestação desse serviço, que visivelmente é de péssima qualidade, e requerer mudanças eficientes para aperfeiçoar o serviço prestado à população, mas, por algum motivo, não se manifesta.

Entre as muitas medidas que devem ser tomadas para melhorar o serviço temos as seguintes: aquisição de mais ônibus equipados com ares-condicionados e portas especiais para deficientes físicos; realização de manutenção periódica das saídas de emergência dos veículos, pois atualmente em alguns deles a alavanca da saída de emergência está torta ou enferrujada; equipar os ônibus com algum meio de comunicação para que os motoristas se comuniquem entre eles e regulem horários; a criação de uma pequena equipe de zeladores em cada ponto final das linhas para realizarem uma rápida limpeza nos veículos a cada "balão"; distribuir melhor as linhas de ônibus na cidade; obrigar a empresa prestadora do serviço a consertar os aparelhos condicionadores de ar dos ônibus, em vez de removê-los dos veículos, o que é feito atualmente; determinar que a empresa ofereça cursos de relações interpessoais e de reciclagem a motoristas e cobradores; criação de abrigos de paradas de ônibus maiores e em diversos lugares da cidade. Outras sugestões poderiam existem, e poderiam se aproveitadas se esses órgãos abrissem espaço para a opinião ou sugestão da comunidade, ou mesmo se aplicassem as sugestões que de alguma forma chegam até eles.

Essas medidas são apenas algumas de muitas que podem ser aplicadas, de maneira que otimizariam esse serviço que é essencial à população, e depois de realmente serem efetivamente executadas, aí sim poderíamos discutir um eventual aumento da tarifa de ônibus, entretanto, a exemplo do já aconteceu, a expectativa é que com o aumento o serviço fique muito... muito pior do que já é.


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•♪ sαiм♂и ●
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