terça-feira, 29 de março de 2011

Encontro de Capacitação DETRAN/RO 2011 | Ji-Paraná/RO 【S.RÏVER】


No período de 25 a 27 de março de 2011 Ji-Paraná foi o segundo pólo do Encontro de Capacitação de Chefes de CIRETRAN's e PA's do DETRAN/RO nesse ano de 2011.

O encontro anterior teve como pólo a cidade de Cacoal, e os seguintes Ariquemes e Vilhena.

Em Ji-Paraná a abertura e encerramento do evento aconteceram no próprio auditório da CIRETRAN daquela cidade, já as apresentações de setores e seus procedimentos aconteceram na escola estadual Jovem Gonçalves Vilela.

Na ocasião foram apresentados vários setores administrativos e técnicos da autarquia de trânsito, bem como repassado os procedimentos de cada um deles.

Tal acontecimento também ensejou que fosse de certa forma lançada as comemorações dos 25 anos de criação do Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia, cuja criação se deu em 20/10/1986 por meio da Lei Ordinária nº 134/1986, assinada pelo então governador Ângelo Angelin.

Setores representados:
GRH - Gerência de Recursos Humanos (Sáimon e Lau);
GERQUALI - Gerência da Qualidade (Luciene Staut);
GERPLAN - Gerência de Planejamento (Helena Bezerra);
GERCOM - Gerência de Comunicação Social (Tiago);
DEAF - Diretoria Administrativa e Financeira (Dionízio);
DEO - Diretoria Executiva de Operações (Hugo);
DHMET - Diretoria Executiva de Habilitação, Medicina e Educação de Trânsito (?????).

domingo, 20 de março de 2011

【ツ PaSsEiO RïVeR | 19.03.2011



Nesse sábado, só pra não ficar em casa numa tarde tranquila resolvi ir ao lugar que mais gosto, o Parque Madeira-Mamoré.

O diferencial é que foi de bike, mas ao chegar lá pude espairecer um pouco diante do belo rio Madeira.

Música: Best Electronic Music Of All Times
Syst3m Sh0ck

quinta-feira, 17 de março de 2011

VANDALISMO no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau em Porto Velho


Fotografia: Rondoniaovivo.com
 No final da tarde do último dia 15.03.2011 alguns operários da construção da UHE de Jirau, em Porto Velho (Zona Rural), promoveram uma manifestação em que teve início a depredação de vários veículos e instalações existentes no local. A Polícia Militar de Rondônia chegou na região apenas no dia seguinte, quando a situação foi parcialmente controlada.

Segundo a imprensa local foi noticiado que mais de 50 ônibus e outros veículos foram incendiados, além de instalações como os alojamentos dos próprios operários que foram depredados. Aqueles que não participaram dessa manifestação procuraram deixar o local, entretanto o canteiro obras apesar de estar no município de Porto Velho, está muito distante do perímetro urbano da capital, tendo como regiões povoadas mais próxima os distritos de Jaci-Paraná e Nova Mutum.

Ainda segundo a imprensa local foi noticiado que o departamento de comunicucação social foi saqueado por manifestantes encapuzados que pegavam  tudo o que "viam pela frente e ameaçando atear fogo no escritório". E caixas eletrônicos foram violados e carregados para uma região de matagal, onde o dinheiro contido dentro dos mesmos foi rateado entre um grupo de manifestantes.

A Polícia Militar já se encontra no local e permanecerá até que a situação esteja totalmente sob controle, e foi noticiado nesta quinta-feira (17.03.2011) que o Governo do Estado de Rondônia já pediu solicitou ajuda da Força de Nacional de Segurança a fim de evitar novos atos de vandalismo no canteiro de obras da UHE de Jirau.

Uma das razões para tudo isso pode ser a seguinte: como estão instalados os canteiros de obras de duas grandes usinas hidrelétricas no município, as mesmas absorvem um grande número de mão-de-obra que por sua vez não a encontra com facilidade por aqui, obrigando os consórcios a reduzirem os rigores de contratação, como a exigência de antecedentes criminais e avaliação mais minuciosa do perfil de seus candidados à contratação. Pode-se entender que os consórcios de Santo Antônio e Jirau estão contratando de maneira mais célere ante a necessidade de pessoal, e entre esses contratados alguns não são tão idôneos como se esperava, mas ao contrário, o que justifica os verdadeiros atos de vandalismo; criminalidade que aconteceu nessa semana no canteiro de obras da Usina de Jirau.

As fotos a seguir foram capturadas pela equipe de jornalismo do site Rondoniaovivo.com:




terça-feira, 8 de março de 2011

Parabéns às MuLhErEs!

Nesse dia internacional das mulheres, que nada mais é do que uma data símbolo, pois todo dia é dia delas, quero parabenizar a todas pela graça, ternura e amabilidade, sempre inspiradas na maior delas, aquela que trouxe ao mundo terreno o filho de Deus, Virgem Maria.

Mas vale mencionar outras qualidades atribuídas a elas adquiridas no decorrer dos anos, como força, garra, determinação, além de um jogo de cintura impressionante de saber administrar a vida de mãe, mulher e profissional com tamanha maestria!

Nesse dia quero parabenizar todas as mulheres e enaltecer a importância que elas têm para nossas vidas. Mas também quero aproveitar esse ensejo para homenagear especialmente uma delas, a minha mãe. Uma grande mulher, como muitas outras que agraciam a vida de muita gente com sua simples existência.
Por fim volto a parabenizar a todas a todas as mulheres por essa data, mas mais especialmente pelo espaço que elas estão ocupando cada vez mais em vários segmentos da sociedade, o que me permite vislumbrar a possibilidade de que as coisas andem com mais humanidade estando elas à frente.

Haitianos desembarcam em Porto Velho à procura de emprego

Foto: Rondoniavivo.com
Foi noticiado hoje num telejornal local que quase 100 haitianos chegaram a Porto Velho em busca de oportunidade de emprego e fonte de renda para sustentarem suas famílias que ficaram no país de origem, que por sua vez é o mais pobre das Américas.

Segundo os haitianos os mesmos vieram para Porto Velho porque a cidade foi indicada pelas autoridades da ONU no Haiti (brasileiros em missão de paz), uma vez que Porto Velho está vivendo um momento de grande desenvolvimento com conseqüente aumento de oportunidades de emprego, principalmente na construção civil, devido aos inúmeros edifícios que estão sendo erguidos em vários pontos da capital rondoniana, mas também no canteiro de obras das protagonistas desse surto de crescimento, as grandiosas usinas hidrelétricas do Madeira; a de Jirau e a de Santo Antônio.

Essa região do país está vivendo o mais recente ciclo de desenvolvimento econômico, entre muitos que já teve como o da borracha, da cassiterita, do ouro, do diamante... E em vários desses ciclos a propaganda de que Porto Velho era um novo "Eldorado" foi intensa, o que motivava muitos brasileiros saírem de suas cidades natais rumo ao oeste brasileiro; a Amazônia Ocidental.

Dessa vez em pleno século XXI essa propaganda de que Porto Velho é a terra das oportunidades voltou a acontecer, mas com uma intensidade e alcance maior. O Jornal Nacional, por exemplo, que é transmitido em cadeia internacional também voltou a fazê-la, bem como outros veículos e meios de comunicação como Internet, levam essa notícia a todos os cantos do mundo, propiciando inclusive o retorno de brasileiros que haviam saído do Brasil em busca de oportunidades que não encontravam por aqui. Essa situação é muito bem ilustrada na reportagem a seguir:


Voltando aos haitianos, os mesmos estão instalados improvisadamente no Ginásio Cláudio Coutinho, sendo também cadastrados pela Polícia Federal e acompanhados pelo órgão estadual de Vigilância Sanitária, uma vez que o Haiti tem preocupantes índices de cólera.

Ainda há a notícia de que mais haitianos estejam prestes a chegar a Porto Velho pelo estado do Acre nos próximos dias. Mas a preocupação é que a vinda desses homens tenha sido em vão, tendo em vista que muitos não falam bem o português e possivelmente não têm qualificação suficiente para serem absorvidos pelo mercado de trabalho local, além que outras questões que envolvem o fato de serem estrangeiros.

Foto: Rondoniaovivo.com
Que Porto Velho está se desenvolvendo e fomentado o crescimento de toda a região é uma realidade, entretanto ainda é preocupante a incerteza do que o futuro nos reserva, pois as experiências que tivemos com os ciclos econômicos passados foram bem amargas. A cidade teve seus momentos de crescimento com eles, porém quando cada ciclo chegou ao fim Porto Velho foi abandonada de qualquer jeito, isto é, muitas pessoas chegaram de diversas partes do Brasil motivados pela falta de esperança em suas cidades natais ou pura ambição, aqui encontraram as oportunidades que procuravam, extraíram ao máximo o que Porto Velho tinha de bom e ao final, grande parte desses imigrantes foram embora deixando Porto Velho em condições nada boas, acumulado às conseqüências de um aumento extraordinário da população que Porto Velho sofreu em cada ciclo.

Outra parte que ficou por aqui se tornou políticos, e até hoje continuam sugando o estado de Rondônia ao máximo fazendo daqui um dos estados mais corruptos do Brasil, por fim, e ainda bem, a terça parte desses imigrantes ficou em na região apostando no crescimento e desenvolvimento contínuo dessa terra tão marginalizada pelo país, contribuindo significativamente pra isso e aprendendo amar essa cidade e estado a ponto se condenarem portovelhenses ou rondonianos de coração.

O que vejo nesse "ciclo econômico" atual impulsionado pela construção dessas duas grandiosas UHE’s, é que Porto Velho mesmo não tendo tido um preparo prévio para receber os canteiros de obras das mesmas, a cidade está recebendo alguma compensação por parte dos consórcios em várias áreas como a da Saúde, Assistência Social, Cultura, Turismo... Isso pelo menos em parte ameniza um pouquinho os impactos sociais gerados pelas conseqüências da instalação dessas obras numa cidade até então, em desenvolvimento.

domingo, 6 de março de 2011

Banda do Vai Quem Quer 2011



A Banda do Vai Quem Quer é uma das mais expressivas manifestações culturais de Rondônia, sendo o maior bloco de Carnaval do estado e possivelmente também da Região Norte do Brasil.

Nessa edição de 2011 a banda comemora o seu 31º aniversário, entretanto com um pouquinho de tristeza, pois poucos dias antes da banda sair às ruas, o seu criador, "O General da banda" Manelão faleceu vítima de um infarto já no Hospital João Paulo II.

A banda arrasta um grande número de brincantes, que além de esbaldarem animação também abusaram da criatividade. Algumas fantasias são bem chamativas, sendo as mais comuns as de super-heróis e monstros, inclusive havia um brincante fantasiado de monstro do pantano de um comercial de cerveja. Mas não pára por aí, também encontrei outros foliões fantasiados de Fred Mercury Prateado (do Pânico na TV), diabinhas e diabinhos, e um mergulhador, entre muitas outras fantasias bem curiosas.

Durante todo o percurso a banda é animada com marchinhas de carnaval cantadas ao vivo pelo intérprete Silvio Santos, também criador do hino da Banda do Vai Quem Quer, que ao ser cantada leva todos ao delírio.

As avenidas do Centro de Porto Velho ficam pequenas para o número exagerado de pessoas que disputam alguns centímetros de espaço em meio à multidão. O empurra empurra embalado ao som das marchinhas é constante, mas quase ninguém reclama, pois o negócio é curtir ao máximo essa grande folia.

TRANSLATION BY GOOLE:

The Banda do Vai Quem Quer (Band Who Wants To Go) is one of the most important cultural events of Rondônia, with the largest block of Carnival of the state and possibly also in northern Brazil.

In this edition of 2011 the band celebrates its 31st anniversary, but with a little sadness, because few days before the band take to the streets, its creator, "The General of the band" Manelão died of a heart attack already Hospital João Paulo II.

The band draws a large number of revelers, who also guzzled animation also abused creativity. Some fantasies are quite striking, being the most common of superheroes and monsters, also had a playful self-costumed monster from the bog of a beer commercial. But do not stop there, also met other revelers dressed as Freddie Mercury Prateado (Panico na TV), imps and devils, and a diver, and many other fantasies and curious.

Throughout the route the band is excited about Carnival songs sung live by the interpreter Sílvio Santos, also the creator of the band's song Vai Quem Quer, which takes them to be sung to delirium.

The streets of downtown Porto Velho are small for the overwhelming number of people vying for a few inches of space in the crowd. The hustle packed to the sound of marching is constant, but almost no one complains, because the business is enjoying the most of this merriment.

Meus tempos de EsTaGiÁrIo

Minha vida profissional não é nada extensa. Minha primeira experiência de trabalho fora casa foi um estágio de 02 anos no Ministério Público do Estado de Rondônia.


Meu ingresso na instituição foi bem justa em relação às modalidades de concessão de estágio que existe na atualidade em muitos órgãos públicos de Rondônia. Na época, em 2004, cursava o 2º ano do Ensino Médio e tinha 17 anos de idade. Para o estágio por passei algumas seleções, sendo a primeira delas o fato de estudar em escola pública, depois por até então ter uma baixa renda familiar, em seguida fui convidado a fazer uma prova, na verdade, uma redação na sede do MP-RO.

Para minha falta de sorte, na manhã do dia que aconteceu a prova caiu uma forte chuva na cidade, o que me trouxe alguns transtornos. Como fui de ônibus, ao chegar no Centro, a chuva se intensificou, e pelo fato do MP ficar na num bairro ao norte do Centro, e pela minha determinação de querer estagiar no Ministério Público, acabei enfrentando a chuva a pé até a sede da instituição... mesmo assumindo o risco de chegar ensopado, o que de fato aconteceu.

Logo na porta do prédio, um senhor que depois vim saber que seu nome é Rui e o mesmo era Assistente Jurídico da Procuradoria de Justiça, perguntou seu "descobri que a chuva molha" num tom que eu não soube identificar se era de chacota, ironia ou amistosidade.

O lado bom é que eu havia chegado a tempo, e o ruim é que me encontrava com as roupas muito molhadas e o ar-condicionado estava nas últimas. Ao entrar na sala de treinamento estava uma senhora que mais tarde soube se tratar da senhora Carmem, psicóloga do MP.

Me tremia todo, mas mesmo assim consegui fazer a prova, que como disse era uma redação, cujo tema era livre, sendo que havia adotado um tema atual sobre as fortes chuvas que havia causado grandes destruições do sul do Brasil, e era notícia em todos os noticiários.

Fiquei dias ávido pela notícia de aprovação, e quando a recebi providenciei imediatamente os papéis para o ingresso e mobilizei minha mãe, pelo fato de ser menor. Já admitido no quadro de estagiários administrativos do MP, a senora diretora do DRH me lotara na Procuradoria de Justiça, que ocupava o sexto andar inteiro e parte do quinto, sem falar na Procuradoria Geral que ficava no sétimo.

Confesso que nos primeiros dias quis desistir, e inclusive cheguei a pedir para ser colocado em outro lugar, mas não teve jeito, me mantiveram ali durante os todo o contrato de estagio. O lado bom foi que me habituei, mesmo o trabalho sendo muito exaustivo.

Bom, quanto ao trabalho o que posso dizer... era apenas pelo período da manhã, e as atividades executadas por estavam loge de me garantir uma boa experiência profissional. Resumindo: eu e o outro estagiário que atendia comigo naquele andar revesávamos nas atividades de rotina, como pegar jornais e correspondências no Departamento do Serviços Gerais, pegar processos no cartório (no térreo) e distribuí-los, assim como os jornais e correspondências, para os procuradores de justiça, sendo que os processos de hábeas corpus (réu preso) tinham que ser distribuídos com a maior celeridade possível, e por algumas vezes, dentre as muitas em que os elevadores não funconavam, me via puxando o carrinho de processos até o sexto andar.

Outra atividade que fazíamos, e a que detestava era a de pagar contas nos bancos para pagar contas dos procuradores. E na maioria das vezes quando chegava no Departamento de Transporte para algum motorista me deixa no banco, um ficava passando pro outro, como um bando de preguiçosos, e como tinha que ir para a escola na parte da tarde e considerando que filas em bancos são imprevisíveis, resolvia ir andando mesmo, o que era até um risco que assumia por preguiça dos outros, uma vez que carrega grandes quantias pela rua e podia corres risco de ser assaltado ou de sofrer alguma acidente. Mas o que importava era que eu sempre dava conta do recado. Ah! E o procurador que mais pediu pra eu ir ao banco era o Sr. Edmilson Fonseca... confesso que não suportava quando recebia a ligação da sua secretária, a Sr. Liliana.

E por sempre atender as expectativas me deu um certo transtorno, pois na maioria das vezes as secretárias dos procurados tinham preferiam que eu fizesse as coisas em vez dos outros, o que apesar de geralmente ter me apresentado sorridente me rendia momentos de muita exaustão.

Quanto à bolsa, bom, fico até desconcertado de dizer, mas acredite, era apenas R$ 150,00 e auxilio transporte (o procurador Vitach havia reduzido o valor das bolsas de estagiários quando assumiu a Procuradoria Geral de Justiça do MP). E pasmem, desse valor ainda era descontado uma quantia de restituição do auxilio tranporte, que mais tarde vieram a cancelar. Se isso serve para amenizar a notícia, quando estava perto de sair do MP o novo Procurador-Geral do MP aumento pra R$ 200,00 o valor da bolsa dos estagiários administrativos.

Eu e o outro estagiário ficávamos na sala da Sr. Maria Lebre (secretário do Procurador Thomé), pois na sala havia mais espaço, uma vez que não havia uma outra secretária (que seria do Procurador-Geral Vitach, que estava no sétimo andar). A Sr. Maria Lebre foi uma das pessoas mais especiais que conheci naquele prédio inteiro! Ela era muito bacana comigo e com o outro estagiário, sempre perguntando se nós precisávamos de alguma coisa, ou ajuda. E me lembro que, como nós comprávamos pão e café para os servidores numa padaria próxima, a Sr. Maria se irritava quando eu me recusava a aceitar comprar algo pra mim com o dinheiro dela... dizia que eu nunca aceitava nada. E de fato evitava o máximo a aceitar coisa de qualquer pessoa. Fruto de uma educação muito rígida por parte da minha mãe, que apenas com o olhar, quando eu era menor, me dizia pra negar qualquer coisa que alguem me oferecesse... hoje imagino que aquilo era um "orgulho de pobre".

A Sr. Maria Lebre era uma outra mãe naquele lugar, e não só pra mim como também para as pessoas que trabalhavam com ela. E por incrível que pareça era secretariava o procurador mais amistoso e simpático do Ministério Público. O Procurador Thomé era o único dos vários que se lembrava que era mortal, e que um dia teve educação. Apesar termos sido esclarecidos se sempre cumprimentar as pessoas no prédio, mesmo que não fossemos atendidos, o Procurador Thomé era o úncia que se antecipava, muito diferente de outros que se recusavam a retrbuir um bom dia, mesmo o cumprimento tendo sido feito num elevador. O respeito que o Procurador Thomé usava para com os outros era o mesmo dispensado aos estagiários, secretários e zeladores. Não me esqueço que eu e meu colega estagiário até fomos agraciados por ele com uma caixa de bombons de chocolate na véspera da Páscoa!

Uma situação desconcertante pela qual passei foi com o Procurador Miguel Mônico. A primeira vez que foi entregar processos pra ele, logo ao chegar na sala, eu perguntei se era a da secretaria do Sr. Miguel Mônico, quando então um senhor de terno e gravata se virou e disse que não havia nenhum senhor Miguel Mônico ali, e saiu. Confuso, eu olhei perdido para a secretaria... foi quando ela me falou que aquele senhor de terno era o próprio Miguel Mônico, mas que o mesmo fazia questão de ser chamado de "doutor". Desde então, enquanto estagiário, sempre chamei todos os procuradores de doutores. Hoje me recuso a chamar qualquer um de doutor, exceto se tiver algum doutorado.

No cartório da procuradoria encontrei duas pessoas muito bacanas, as senhoras Hayley e Roséli. Ambas muito competentes, sendo a primeria um poço de tranquilidade (não conseguia imaginar aquela mulher com raiva). Eram elas que nos ligavam pedindo para pegarmos os processos. Ao chegar elas nos mostrava as pilhas e nos davam um via de recebimento. Eram tantos que sempre usávamos os carrinhos que ficavam encostados no canto da sala.

Na Procuradoria de Justiça eu e o outro estagiário tínhamos que atender além dos Procuradores, as secretárias e os Assessores Jurídicos, sendo que em determinado período se encontrava por lá uma assessora que no futuro viria a ser minha professora de Processo Penal, a Sr.ª Marecélia, hoje associada ao advogado José Viana, que também foi membro do MP-RO e também foi meu professor de Processo Penal na Faculdade de Direito.

E foi nessa temporada de estágio no MP que aprendi a usar o termo "Muito ThankYou". A secretária no Procurador Ivo Bentiz, a Sr.ª Maristela (que ficava no quinto andar) costumava me agradecer assim, e desde então não me esqueci., e de vez em quando ainda falo também.

Outra coisa que eu detestava e só agora posso falar, é O Requentado. Praticamente todo o mês o Procurador Jackson Abílio inventava de renunir num papel algumas piadas inteligentes que mandava distribuir para inúmeras pessoas, tanto do estado como pra fora também. E imprimir e envelopar centenas desse papel sobrava para sua secretária, a Sr. Vera e a para os estagiários.

Apesar do estagio do MP-RO não ter me servido de quase nada depois que saí de lá, confesso que não me arrependo do período que estive lá, pois lá aprendi a cumprir horários, a ser mais educado, além de ter tido a oportunidade de participar do funcionamento de órgão que julgo ser o melhor do estado de Rondônia, tanto em estrutura quanto em organização. O prédio, que hoje está prestes a inaugurar uma novo torre, compreende inúmeros setores do MP-RO, como, além da Procuradoria Geral de Justiça, a Procuradoria, a Promotoria, os Cartórios, uma agência bancária, biblioteca, um super auditório, um avançado Departamento de Tecnologia e Informática, um Departamento Médico, e muito mais. Tudo isso são coisas que não vemos em qualquer órgão público, inclusive entidades como o DETRAN/RO deixam muito a desejar quanto à estrutura.... aliás, o DETRAN/RO deixa a desejar em muita coisa.

Nesse sucinto relato é possível comparar e constatar que vida de estagiário não é fácil, principalmente antigamente, uma vez que hoje os mesmos ganharam alguns direitos, sendo o melhor deles o das férias sem prejuízo da bolsa. Entretanto, pelo menos em Rondônia, enfrentamos uma situação muito séria quanto à admissão de estagiários em órgãos públicos. Não se o MP-RO ainda mantem a existência de uma seleção para compor seu quadro de estagiários administrativos e de ensino superior, mas hoje, no DETRAN/RO pelo menos, tenho conhecimento que não existe nenhuma seleção para admissão de estagiários. A regra é a indicação política, isto é, além de cargos em comissão usam vagas de estagio como meio de barganha política... e pior, uma entidade que imaginava ser séria é conivente com isso, o CIEE. Pensave que o Centro de Integração Empresa Escola servisse para selecionar estagiários para o órgão que a contrata, entretanto quem escolhe é o representante do órgão, que possivelmente manda o mesmo se cadastrar no CIEE por mera formalidade.

Na minha singela opinião isso é uma grande imoralidade para órgão/entidade da Administração Pública que adota essa prática. O mais sensato é que se haja um meio de selecionar estagiários sem privilégios, oras, além do MP/RO, MPF e da Defenoria Pública, órgãos do Judiciário também realizam concurso para ingresso de estagiários a muito tempo, como o TJ, o TRF, TRT, TRE. E com toda certeza, os problemas com indisciplina são bem menores quiçá nulos, nesses órgãos em vez do DETRAN/RO por exemplo, que insiste nessa forma nada justa de compor seu quadro de estagiário... o lado bom é que dentre esses alguns são bons. Mesmo porque, o DETRAN/RO, peca em outro ponto, no de em alguns casos não lotar estagiários de ensino superior para atuar nas suas devidas áreas de formação, mas nesse ponto o DETRAN/RO não é o único que peca.