segunda-feira, 24 de junho de 2019

Publicação no periódico "Revista de Engenharia" sobre a Comissão Morsing

Numa edição da Revista de Engenharia (RJ) que circulou de 1879-1891, encontramos uma publicação que fala sobre a Comissão Morsing, que veio a região de Santo Antônio (atual município de Porto Velho) para realizar estudos sobre o traçado da Estrada de Ferro madeira-Mamoré:


TRANSCRIÇÃO DA MATÉRIA
"ESTUDOS DA FERROVIA MADEIRA E MAMORÉ
Sob a direção do Sr. Carlos Alberto Morsing, engenheiro chefe, acha-se assim constituída a comissão que deve partir desta Corte, a 10 de janeiro, para efetuar os estudos necessários ao traçado desta importante ferrovia: 1º engenheiro, Júlio Pinkas, que partirá da Bahia, onde ora se acha; chefes de seção, Domingos Guilherme Braga Torres e Abel Ferreira Mattos; secretário Ernesto Mattoso Maia Forte; condutores, Pedro Leitão, da Cunha, Damaso Pereira, Alfredo Indio do Brazil e Silva, Cândido Ferreira de Abreu e Thomaz Pinto de Siqueira; desenhista, Camilo Vedani; auxiliares, João Martins da Silva e José Ferrira Junior. 
A comissão terá também um médico e um farmacêutico e será acompanhada por um destacamento sob o comando de um oficial. 
O ministério da agricultura já providenciou para a quantia de 100:00$, ou duas terças partes do crédito votado para este fim pela lei vigente de orçamento, seja posta na tesouraria da fazenda de Manaus à disposição do chefe da comissão. 
A aptidão e atividade do Sr. Dr. C. Morsing, já provadas na construção do prolongamento da ferrovia de Baturité, e em muitas outras obras importantes executadas no país, são a garantia do bom êxito, em que se espera da importante comissão que lhe foi confiada". 


MAIS PUBLICAÇÕES
"REVISTA DE ENGENHARIA"




"REVISTA BRAZIL"

QUEM FOI MORSING?
Carlos Alberto Morsing era um sueco naturalizado brasileiro formado em engenharia nos Estados Unidos. 

Madeira-Mamoré: "Vista de críticas ou cenas vistas por Engenheiros, Turistas Tropicais, Trotadores Globais, Cavaleiros da Fortuna e Vagabundos"


O norte-americano Dana B. Merrill, conhecido como o "Repórter da Amazônia", foi o autor da documentação da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, na região da floresta Amazônica, no norte do Brasil, entre 1909, quando chegou ao país, até 1910, quando, acredita-se, que partiu. Especula-se que ele tenha produzido aproximadamente 2 mil negativos. 

Merrill foi contratado pelo engenheiro e empresário norte-americano Percival Farquhar (1864 – 1953) – que comandou a construção da ferrovia, entre Porto Velho e Guajará-Mirim, em Rondônia – para registrar o desenvolvimento da obra. Porém, Merrill foi além disso e, com suas lentes, registrou a vida dos trabalhadores da ferrovia, dos índios e de paisagens da região. 

Esse legado fotográfico é importante para a compreensão do desenvolvimento industrial e das relações de trabalho no país e do processo de ocupação da região Norte. Seus registros fazem parte do álbum View of reviews or scenes as seen by Engineers, Tropical tourist, Global Trotters, Knights of fortune and Tramps: Madeira-Mamoré Ry. Brazil, South America, que pertence ao acervo da Biblioteca Nacional, uma das fundadoras da Brasiliana Fotográfica.

ÁLBUM DA EFMM
View of reviews or scenes as seen by Engineers, Tropical tourist, Global Trotters, Knights of fortune and Tramps: Madeira-Mamoré Ry. Brazil, South America 

Tradução livre: Vista de críticas ou cenas vistas por Engenheiros, Turistas Tropicais, Trotadores Globais, Cavaleiros da Fortuna e Vagabundos: Madeira-Mamoré Ry. Brasil, América do Sul


VEJA ALGUMAS FOTOS DO ÁLBUM














domingo, 23 de junho de 2019

2019.06.22 | Região Turística de Santo Antônio (Igrejinha, Memorial e Li...


Esta região turística de Porto Velho fica a cerca de 7 km da sede do município, tendo como rota de acesso principal a Av. Rogério Weber sentido sul; 5º BEC, até a mini rotatória com a Estrada de Santo Antônio, por onde segue à direita até o fim da mesma. 

Na região encontra-se a igrejinha de Santo Antônio e o Memorial Rondon (visitação gratuita), além disso o visitante tem uma vista parcial da hidrelétrica de Santo Antônio, e hoje conta com a estação de uma litorina que realiza um passeio simbólico pelos trilhos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, indo até o Casarão dos Ingleses e de lá até as proximidades da Vila da Candelária num passeio de cerca de 1 km e duração de 15 minutos. O valor é de R$ 5 por pessoa a ser pago para os ex-ferroviários que ficam na pequena estação controlando toda a atividade. 

Segundo informações o Governo do Estado de Rondônia está reivindicando a propriedade do Casarão dos Ingleses, que hoje pertence ao Consórcio Santo Antônio Energia, para ali instalar um museu ferroviário com o apoio dos ex-trabalhadores da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.