FERROVIA MADEIRA-MAMORÉ: 2ª FASE


Com a extração de látex em larga escala na Amazônia, brasileiros adentravam cada vez mais à oeste, entrando em território boliviano. Com isso muitos conflitos foram travados com o país vizinho, sendo o mais expressivo a Guerra do Acre em 06 de agosto de 1902, liderada pelo ex-major gaúcho Plácido de Castro.

Com a vitória do Acre, em 24 de janeiro de 1903, foi assinado o Tratado de Petrópolis na cidade de mesmo nome, à rua Westphalia, número 05 no Rio de Janeiro, entre as repúblicas do Brasil e Bolívia.O tratado foi aprovado pelo Congresso Brasileiro em 12 de abril de 1904, e nele vinha expresso que o Brasil ficaria com a posse do Acre, indenizando a Bolívia em 2 milhões de libras esterlinas, 114 mil libras à Bolivian Sindicate, e também o Brasil se encarregaria de realizar a construção da ferrovia Madeira-Mamoré.

Para cumprir o tratado o governo brasileiro realizou licitação das obras da ferrovia, cujo edital fora publicado em 12 de maio de 1905, no governo do Presidente da República Rodrigues Alves. O vencedor foi Joaquim Catramby que tão logo recebeu a homologação da concorrência, transferiu o contrato ao estadunidense Percival Farquhar, que tinha o objetivo de controlar todo o sistema ferroviário da América Latina. Farquhar constituiu a empresa The Madeira-Mamoré Railway Company Ltda., investindo inicialmente 11 milhões de dólares, financiados pelo Bank of Scotland, e contratou a empreiteira May, Jeckyll & Randolph que se instalou em Santo Antônio em 1906.

Devido aos tradicionais problemas da região, a empreiteira May, Jeckyll & Randolph, com a autorização de Farquhar e do governo brasileiro, transferiu suas instalações, em 19 de abril de 1907, para um porto amazônico, onde é hoje a cidade de Porto Velho, onde implantou centro administrativo, construiu o cais, residências para técnicos, e deu início, em junho de 1907, a construção da estação inicial da ferrovia Madeira-Mamoré. Através do Decreto- Lei nº 6.775 de 28 de novembro de 1907, o governo brasileiro autorizou a empresa The Madeira-Mamoré Railway Company Ltda. a funcionar no Brasil.

A empresa teve inúmeras dificuldades, e a obra chegou até a bater o recorde mundial de acidentes de trabalho, teve centenas de homens perdidos na imensidão da floresta, as doenças e os índios Caripunas continuavam implacáveis.

No ano de 1908 a empreiteira contratou operários espanhóis que trabalhavam em Cuba. No entanto, de 305 operários recrutados, somente 65 chegaram a Porto Velho. O restante desistiu no porto de Belém ao tomar conhecimento das doenças e dos ataques indígenas.

Em 1909 os médicos estadunidenses do Hospital da Candelária (criado especialmente para a obra da ferrovia) declararam-se sem condições de combater as doenças regionais, por isso solicitaram que a empresa contratasse os serviços do sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz, que chegou a Porto Velho, aos 37 anos de idade, em09 de julho de 1910, acompanhado de seu médico particular Belizário Pena.

De realizar os estudos sobre a região, Oswaldo Cruz conclui que as doenças, como malária e beribéri, eram conhecidas e tinham tratamento.

Para combater os índios que além de flechar os operários, arrancavam os trilhos e dormentes na calada da noite, a direção da empresa mandava que a segurança eletrificasse os trilhos no término de cada jornada diária de trabalho. Muitos índios morreram.

Em 30 de abril de 1912 a May, Jeckyll & Randolph entregou a estação terminal da ferrovia Madeira-Mamoré, localizado no porto mato-grossense Espiridião Marques, atual cidade de Guajará Mirim. Com uma grande festa, que contou com a presença de autoridades brasileiras e bolivianas, um prego de ouro foi simbolicamente batido no último dormente. Os 364 quilômetros da ferrovia Madeira-Mamoré, concluída, foi inaugurado em 1º de agosto de 1912.

_________________________________
TRADUÇÃO BY GOOGLE: ENGLISH
_________________________________

With the extraction of latex on a large scale in the Amazon, Brazil adentravam increasingly to the west, going into Bolivian territory. With so many conflicts have been stopped with the neighboring country, and the more expressive the War of Acre on 06 August 1902, led by former major gaucho Plácido de Castro.

With the victory of Acre, on January 24, 1903, they signed the Treaty of Petropolis in the city of the same name, the street Westphalia, line 05 in Rio de Janeiro, between the republics of Brazil and Bolivian.O treaty was approved by Congress Brazilian on April 12, 1904, and it was expressed that Brazil would be in the possession of Acre, indenizando to Bolivia on 2 million pounds sterling, 114 thousand pounds to the Bolivian Sindicate, and the Brazilian should look to achieve the construction of the Railway Madeira-Mamoré.

To comply with the treaty the Brazilian government held auction of works of the railway, whose edital was published on May 12, 1905. The winner was Joaquim Catramby that once received the approval of competition, transferred the contract to Percival Farquhar States, which had the goal of controlling the entire rail system in Latin America. Farquhar was the company The Madeira-Mamoré Railway Company Ltda. By investing initially 11 million dollars, financed by the Bank of Scotland, and hired a empreiteira May, Jeckyll & Randolph which is installed at St. Anthony in 1906.

Due to the traditional problems of the region, the empreiteira May, Jeckyll & Randolph, with the permission of Farquhar and the Brazilian government, moved its premises on April 19, 1907, to a port Amazon, which is now the city of Porto Velho, where implemented administrative center, built the pier, homes for technical, and began in June 1907, the construction of the station's original Railway Madeira-Mamoré. Through the Decree-Law No. 6775 of November 28, 1907, the Brazilian government authorized the company The Madeira-Mamoré Railway Company Ltda. To operate in Brazil.

The company had many difficulties, and work came to beat the world record of accidents at work, had hundreds of men lost in the immensity of the forest, diseases and the Indians Caripunas remained implacáveis.

In the year of 1908 to empreiteira hired Spanish workers who worked in Cuba. However, of 305 workers recruited, only 65 arrived in Porto Velho. The rest withdrew at the port of Bethlehem to learn of the diseases and Indian attacks.

In 1909 the United States of the Hospital's medical Candelaria (created especially for the work of the railway) declared themselves unable to combat the disease regional therefore requested that the company contratasse the services of public health Brazilian Oswaldo Cruz, which arrived in Porto Velho, for 37 years of age, em09 July 1910, accompanied by his doctor particular Belizário Pena. In the studies on the region, Oswaldo Cruz concludes that the disease, such as malaria and beribéri, were known and had treatment.

To combat the Indians that besides flechar the workers, arrancavam the rails and dormant in the quiet of night, the direction of the company sent that safety eletrificasse the rails at the end of each day of work daily. Many Indians died.

On April 30, 1912 to May, Jeckyll & Randolph delivered to the railway station terminal Madeira-Mamoré, located in the port bush-grossense Espiridião Marques, current city of Guajará Mirim. With a great party, which was attended by Brazilian and Bolivian authorities, a nail of gold was symbolically beaten in the last dormant. The 364 km of the Railway Madeira-Mamoré, complete, was inaugurated on August 1, 1912.