No último dia 25 de fevereiro de 2011 aconteceram os Desfiles de Escolas de Samba de Porto Velho, na Av. Imigrantes entre a Rodovia Jorge Teixeira e Av. Rio Madeira, no bairro Industrial (Zona Norte de Porto Velho). Na ocasião a avenida deu lugar à chamada Passarela do Samba Edson Fróes, por onde desfilaram as escolas: Império do Samba, Acadêmicos do Armário Grande, Unidos da Rádio Farol, Acadêmicos do São João Batista, Asfaltão e Diplomatas do Samba, sendo as duas primeiras do Grupo de Acesso e as demais do Grupo Especial.
Neste ano o Governo do Estado de Rondônia e a Prefeitura de Porto Velho realizaram o repasse de R$ 950 mil para a Federação de Escolas de Samba de Rondônia (FESEC), e a estrutura para a realização do evento foi organizada pelo município que também providenciou a limpeza do local e a poda das árvores do canteiro central da avenida. Já para os serviços de som, montagem de camarotes e aluguel de um telão para a exibição do cronômetro ficou foram contratadas empresas privadas.
A apresentação das escolas de samba começou por volta das 20h, entretanto para quem estava nas arquibancadas do final da passarela do samba, ficou a impressão de que a escola mais prejudicada teria sido a segunda, devido aos constantes problemas de áudio e de iluminação também. O som oscilava muito, e aquela parte da passarela estava às escuras, o que diminuía o brilho e os destaques das alegorias e fantasias dos passistas.
As primeiras escolas de samba, a Império do Samba e a Armário Grande levaram poucas pessoas à passarela do samba, o que as obrigou a desfilarem muito lentamente, promovendo a perda de paciência de alguns espectadores que estavam no final da passarela, o que se somava aos contratempos técnicos ensejando que alguns espectadores deixassem seus lugares nas arquibancadas ainda nas primeiras apresentações.
Mais tarde foi dado início aos desfiles do Grupo Especial começando com a escola Rádio Farol que contou com um número maior de passistas, além alegorias um pouco melhores, exceto por alguns detalhes como o seguinte: algumas alegorias formavam barquinhos e casinhas cobertas, havendo dentro dessas alegorias integrantes da escola que até dançavam com algum entusiasmo, mas pelo fato de estarem dentro de algo coberto, quem estava na parte alta das arquibancadas ou nos camarotes viram apenas algumas perninhas frenéticas no interior. No geral a escola foi boa, e em dado momento, devido aos problemas de som que nesta ocasião não repercutia a música da escola, o publico resolveu dar uma força aos passistas batendo palmas compassadas, e teve alguns tentaram até cantar a letra do samba-enredo.
Estas primeiras escolas passaram pela passarela em menos de 01 (uma) hora (tempo cronometrado para casa escola desfilar), mas a organização do evento sempre que se completasse a 01 (uma) hora estipulada, que quando completada dava mais 15 (quinze) minutos para a escola seguinte se preparar antes de entrar na passarela. Esse procedimento não agradou muito o público, mas mesmo assim muita gente resolveu abusar de sua paciência para ver as escolas seguintes.
E foi com fogos de artifício lançados a partir de um terreno ao lado da passarela do samba que a escola Acadêmicos do São João Batista começou sua apresentação, animando o público com sua música e alegorias, em especial uma que mostrava rostos humanos na forma das “Três Caixas d’Água” (monumentos que vieram dos EUA e foram montadas em Porto Velho no período de 1910-1912, e também nos remetem á construção da Ferrovia Madeira-Mamoré) e uma grande índia que mexia a cabeça para os lados e ainda piscava, e mais, essa mesma alegoria soltava pequenos pedacinhos de plásticos brilhosos para o alto.
Depois que a São João Batista se apresentou um grupo de morados do bairro Industrial fizeram um protesto. Colocaram no alto de uma arquibancada faixas reclamando do prefeito de Porto Velho, Sr. Roberto Sobrinho, das alagações que acontecem na região, inclusive na própria Av. Imigrantes onde as escolas estavam desfilando. E enquanto isso o céu daquela noite já estava ficando nublado, o clima esfriou e o vento estava ficando cada vez mais forte, e não tardou para começar a chover. Poucos minutos antes da Asfaltão entrar o forte temporal começou a cair, obrigando a organização a tomar uma perigosa decisão: “Subam todos para os camarotes”. O que foi obedecido muito rapidamente, pois a chuva estava muito forte.
Por causa da chuva que só aumentava aconteceu mais um atraso técnico, entretanto não tardou muito para a Escola de Samba Asfaltão encarar o temporal e entrar na passarela em meio a muita água que se acumulava nas laterais da passarela. Mesmo assim os passistas diante das dificuldades (pista muito molhada, fantasias encharcadas e pesadas, alegorias levemente danificadas...) não permitiram que elas atrapalhassem o brilho de suas evoluções. Todos cantavam e desfilavam alegres e de maneira contagiante que só perdia para a música do samba enredo, que por ter um refrão de fácil assimilação e uma melodia muito gostosa, fez muita gente nos camarotes soltar a voz e ensaiar alguns passos de dança. Era incrível como em meio aquela forte chuva na qual o vento jogava água nas pessoas dentro dos camarotes causando frio de tremer os dentes, vários espectadores ainda assim pulavam e cantavam muito encantados.
Com o samba enredo referente ao “açaí” (pequeno fruto preto nativo da Amazônia que é rico em vitaminas, e que por ter significativo valor energético está alcançado o mercado do sul do país e de outros países), a Asfaltão levou para avenida várias alas e grandes carros alegóricos com temas relacionados à letra do samba enredo, sendo que um deles trazia o símbolo da escola, um tigre gigante que se mexia.
Já tarde da madrugada e com a chuva começando a dar uma trégua entrou na passarela a escola Os Diplomatas do Samba, que arrancou calorosos aplausos do público com sua criativa Comissão de Frente, que contoava com uma pequena alegoria onde de um lado tinha a forma de uma pedra e do outro o de uma coroa. Da pedra em dado momento saiam passistas fantasiados de índios que também dançavam e encenavam. Em outro momento a pequena alegoria era girada e do outro lado saiam passistas com trajes épicos europeus segurando bandeiras vermelhas com as quais faziam harmoniosamente os passos e encenações.
A Diplomatas também apresentou grandes carros alegóricos a muitas alas, arrancando gritos e aplausos de espectadores nos camarotes. Pessoas que nesse momento ainda ocupavam os camarotes esperando a escola passar pela avenida apresentando todo o seu brilho e alegria.
No geral os Desfiles das Escolas de Samba de Porto Velho foram muito bons, sendo as últimas escolas as mais expressivas entre todas, porém alguns pontos poderiam ser observados a fim de possivelmente melhorar ainda mais este acontecimento que já é tradição no calendário de Porto Velho há mais de meio século, como:
- Principalmente, a construção de um local adequado para a realização do evento, que por sua vez não seria exclusivo para os desfiles, mas também poderia ser usado para a realização de outros acontecimentos da Capital de Rondônia, como o Arraial Flor do Maracujá, a Feira Agropecuária e de Negócios de Porto Velho (EXPOVEL), o Parque da Música, entre muitos outros;
- Redução do tempo de apresentação das escolas de samba do Grupo de Acesso, tendo em vista que elas têm poucos integrantes, além de que quando se apresentam precisam desfilar muito morosamente a fim de cumprir um prazo muito longo para a pouca quantidade de alas e alegorias;
- Distribuição na Passarela do Samba, em lugares visíveis ao público, de totens ou banners com grandes fichas técnicas das escolas de samba informando o nome da presidência, data de fundação, endereço, contato, cores, samba-enredo, símbolos, etc. Em 2012, por exemplo, o público não teve um conhecimento dos enredos das escolas que desfilaram, pelo menos não de forma clara;
- Distribuição das letras dos sambas enredo para que qualquer pessoa possa cantar junto com os membros da escola;
- Criação de sites, ou blogs, perfis em redes sociais das escolas de samba para aproximá-las das pessoas e adiantar o enredo e outras situações;
- Principalmente, a construção de um local adequado para a realização do evento, que por sua vez não seria exclusivo para os desfiles, mas também poderia ser usado para a realização de outros acontecimentos da Capital de Rondônia, como o Arraial Flor do Maracujá, a Feira Agropecuária e de Negócios de Porto Velho (EXPOVEL), o Parque da Música, entre muitos outros;
- Redução do tempo de apresentação das escolas de samba do Grupo de Acesso, tendo em vista que elas têm poucos integrantes, além de que quando se apresentam precisam desfilar muito morosamente a fim de cumprir um prazo muito longo para a pouca quantidade de alas e alegorias;
- Distribuição na Passarela do Samba, em lugares visíveis ao público, de totens ou banners com grandes fichas técnicas das escolas de samba informando o nome da presidência, data de fundação, endereço, contato, cores, samba-enredo, símbolos, etc. Em 2012, por exemplo, o público não teve um conhecimento dos enredos das escolas que desfilaram, pelo menos não de forma clara;
- Distribuição das letras dos sambas enredo para que qualquer pessoa possa cantar junto com os membros da escola;
- Criação de sites, ou blogs, perfis em redes sociais das escolas de samba para aproximá-las das pessoas e adiantar o enredo e outras situações;
Numa rápida pesquisa na Internet foi possível encontrar as seguintes informações de algumas escolas de samba de Porto Velho:
IMPÉRIO DO SAMBA
Fundação: 23 de dezembro de 1977;
Cores: vermelho e branco;
Símbolo: coroa;
Bairro: Areal.
ACADÊMICOS DO ARMÁRIO GRANDE
Fundação: 01 de outubro de 1981;
Cores: verde e branco;
Símbolo: -
Bairro: Pedrinhas.
UNIDOS DA RÁDIO FAROL
Fundação: -
Cores: -
Símbolo: -
Bairro: -
ACADÊMICOS DO SÃO JOÃO BATISTA
Fundação: -
Cores: -
Símbolo: -
Bairro: -
ASFALTÃO
Fundação: 17 de fevereiro de 1971;
Cores: preto e amarelo;
Símbolo: tigre;
Bairro: Santa Bárbara.
DIPLOMATAS DO SAMBA
Fundação: 04 de novembro de 1958;
Cores: vermelho e branco;
Símbolo: -
Bairro: Nova Floresta.
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