quarta-feira, 18 de março de 2015

Aluna do "Colégio Classe A" representa Porto Velho na FEBRACE 2015


O projeto "Overview - 'olhar de cima'", desenvolvido pela jovem Ana Beatriz Pinheiro Trindade, sob orientação de Márcio José Melo Barroso e Chirleide Nobre Belo, "visa desenvolver uma ferramenta que auxilie portadores de deficiência visual a perceberem objetos próximos a sua região frontal superior, evitando que este se acidente. Desta forma, foi criado um protótipo utilizando uma placa com micro controlador (arduino), um sensor ultrassônico e um buzzer. O protótipo é capaz de medir a distância de um obstáculo à frente do portador de deficiência visual e emitir um alerta, evitando assim que a pessoa colida em objetos. O projeto justifica-se por sua relevância social, uma vez que as ferramentas disponíveis no mercado são caras, o que os tornam pouco acessíveis. Havendo, assim, a necessidade de um dispositivo/aparelho que consiga identificar um objeto que a bengala e/ou cão guia não consiga. Desta forma, uma ferramenta com peças de baixo custo, de fácil acesso e construção, torna-se mais acessível para deficientes visuais com baixa renda, além de permitir a possibilidade de ser produzido por familiares, amigos e profissionais".

Para votar neste projeto, basta acessar a página do projeto na FEBRACE 2015, e clicar no botão "Curtir", logo abaixo do título do projeto. 
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A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza na Universidade de São Paulo uma grande mostra de projetos.

A FEBRACE assume um importante papel social incentivando a criatividade e a reflexão em estudantes da educação básica, através do desenvolvimento de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas das ciências e engenharia.

Desenvolvemos o ano todo ações de incentivo à cultura investigativa, de inovação e empreendedorismo em nosso país.

Desde 2003, a FEBRACE tem descoberto novos talentos e gerado oportunidades. Sua história é composta por alunos, professores, pais e escolas que juntos mostram à sociedade brasileira que aprendem a aprender, que podem querer e que podem fazer.

Fonte: FEBRACE


terça-feira, 17 de março de 2015

20 anos da quebra do Banco do Estado de Rondônia - BERON S/A


Jovens rondonienses. Vocês chegaram a conhecer o Banco do Estado de Rondônia - BERON?! Bom, o que sobrou dele foi apenas um prédio que é até charmoso, localizado no centro de Porto Velho, onde funcionou o Shopping Cidadão (futuro Tudo Aqui), porém esse banco foi o centro de um desastroso negócio feito pelo então Governador Valdir Raupp, que culminou na intervenção do Banco Central - BACEN no nosso banco, e cujos interventores nomeados fizeram negócios escusos ensejando a falência do Banco do Estado de Rondônia, e o surgimento de uma dívida extraordinária aceita por Valdir Raupp  para o Estado de Rondônia... O pior é que os processos que deveriam responsabilizar o Banco Central e os seus interventores, bem como isentar definitivamente o Estado de Rondônia do pagamento dessa dívida injusta, ainda se encontram parados nos cartórios da Justiça Brasileira. 

Confira a seguir um histórico da destruição do BERON. O texto é de Domingos Borges da Silva

20 ANOS DA QUEBRA DO BERON E O ESCÂNDALO DOS PRECATÓRIOS

Em fevereiro de 1995, o então Governador do Estado de Rondônia o hoje Senador Valdir Raupp de Matos (PMDB), procurou uma empresa de Consultoria e Auditória, sediada em São Paulo e por ser supostamente de notória especialização, a contratou para realizar um levantamento contábil-financeiro no Banco do Estado de Rondônia S.A. – BERON.

Não se sabe o volume de recursos envolvidos no pagamento da empresa. A empresa tinha como principal sócio, Gustavo Loiola que mais tarde se tornaria Presidente do Banco Central – BACEN e baseado nas informações obtidas através de sua empresa, decretaria em julho do mesmo ano Intervenção no Banco do Estado de Rondônia S.A. – BERON.

Um dos sócios da empresa de Gustavo Loiola era nada mais nada menos que Maílson da Nóbrega, então Ministro da Fazenda no governo de Fernando Henrique Cardoso. Outro que mais tarde veio a fazer parte do quadro societário da empresa de Gustavo Loiola foi Gustavo Franco, que também presidiu o Banco Central.

Decretado a intervenção, logo os Interventores criaram no BERON, dois fundos de investimentos, um a curto prazo e outro com prazo de 60 (sessenta) dias. Como fonte de investimentos, investidores utilizaram-se de Títulos da Dívida Pública (Precatórios), que eram caucionados por Certificados de Depósitos Bancários, que serviriam para serem comercializados no mercado financeiro.

Em outras palavras, o BERON recebeu títulos de valores duvidosos e emitia Certificados de Depósitos Bancários que possuíam credibilidade e valor nominal passível de serem comercializados no mercado financeiro.

Daí que a Agência do BERON em São Paulo foi envolvida no maior escândalo financeiro já vista na História do Brasil naquela década, que foi dos Precatórios, onde milhões de reais foram desviados dos cofres públicos e até hoje não houve qualquer condenação dos envolvidos.

Os fundos de investimentos movimentaram bilhões de reais, através dos Certificados de Depósitos Bancários, os quais foram zerados após serem noticiados em sede de Ação Popular, à Justiça Federal.

Essas informações estão provadas e comprovadas nos Autos da Ação Popular nº 1997.41.00.001436-7, processo que tramitou perante da Justiça Federal Seção Judiciária de Rondônia e hoje se encontra em grau de recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região desde 25/04/2000 que recebeu o nº 2000.01.00.043387-0.

Na ação popular está sendo questionado exatamente os atos de Gustavo Loiola que foram pela decretação de intervenção no BERON, como assim as sucessivas prorrogações em amparo legal.

Naquela ação, ajuizada em pleno andamento da Intervenção decretada no BERON (21/05/1997), o autor popular chegou a afirmar, em relação à evolução do prejuízo do BERON que: “ou os interventores do Banco Central do Brasil são magnânimos ou o Banco Central é um verdadeiro castelo de areia.”

 Por ocasião da auditoria realizada pela empresa de Gustavo Loiola junto ao BERON e RONDONPOUP, o passivo liquido a descoberto (prejuízo) do BERON, era de um pouco mais de R$ 21 milhões de reais, ainda que os resultados da autoria não espelhasse bem a realidade financeira da Instituição pois o principal devedor na época era o próprio Estado de Rondônia, acionista majoritário do BERON.

Na ação popular ficou provado ainda que para deixar o BERON na situação encontrada pela empresa de auditória de Gustavo Loiola, o Estado de Rondônia deixou de aportar (depositar) no BERON, os valores que eram devidos à União por conta do Imposto de Renda redito na fonte, o que se houvesse aportado (depositado), não haveria necessidade de decretação de intervenção no BERON.

Em outras palavras, houve toda uma maquiagem financeira, para ensejar a decretação de intervenção pelo BACEN no BERON, já que a política do Banco Central era estatizar todas as instituições bancárias estaduais do País, a qualquer custo.

Outra relevância diz respeito aos atos dos próprios Interventores nomeados pelo BACEN para intervirem no BERON. Por ocasião da autoria realizada pela empresa de Gustavo Loiola, o passivo líquido a descoberto do BERON, relativamente aos seus devedores, pessoas físicas e jurídicas os maiores valores eram passíveis de liquidação (Pagamento).

Para avolumar o passivo liquido a descoberto (prejuízo) do BERON, os interventores começaram a captar recursos financeiros a juros extorsivos junto a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil S.A., e passaram a emprestar para pessoas físicas e jurídicas que não possuíam capacidade financeira para honrar compromissos.

Diz-se da pessoa que não têm capacidade financeira para honrar compromissos, aquelas que obtêm empréstimos junto a Banco, mas o seu patrimônio é insuficiente para garantir o pagamento do débito e quando o valor não é para investimentos em patrimônio sólido.

O Pior ocorreu quando esses empréstimos foram realizados principalmente para políticos do Estado de Rondônia, cuja garantia era a emissão de uma simples Nota Promissória, o que foi o caso de um empréstimo feito à empresa ADVISE – SEGURANÇA E VIGILÂNCIA, que teve como avalista Expedido Junior, cujo débito até hoje está em fase de cobrança.

Houve uma verdadeira farra com os recursos do BERON, sendo que políticos do Estado avalizavam pessoas que não tinha qualquer patrimônio que garantisse os pagamentos dos débitos por elas contraídos e em muitos casos as garantias eram meras Notas Promissórias.

Das centenas de empréstimos, em valores superiores a R$ 10 mil reais, concedidos a pessoas que não tinham condições financeiras para honrar compromissos, após o encerramento da intervenção, foram considerados “irrecuperável”, “de difícil recuperação” “recuperável parcialmente” e “recuperável”, aqueles que até hoje estão em processo de Execução.

Por conta dessas operações realizadas pelos Interventores do BACEN junto ao BERON, foi que seu prejuízo (passivo liquido a descoberto), foi elevado para R$ 502,400 milhões em pouco mais de 3 (três) anos, período em que perdurou a intervenção.

Fato outro que agravou o prejuízo foram exatamente os empréstimos que o BERON, através de seus interventores tomavam junto a Caixa Economia Federal à taxa de juros extorsivos e os valores eram emprestados à taxa de juros inferiores, ficando o BERON com o prejuízo da diferença de juros que tinha que pagar á Caixa Econômica.

Em outra ação popular, que também se encontra em grau de recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (proc. nº 1999.41.00.000346-5), questiona-se exatamente os Contratos de Abertura de Crédito e de Refinanciamentos celebrados pela União, com o Estado de Rondônia, por conta dos prejuízos do BERON.

Nesta ação contém o Relatório Contábil Financeiro do BERON, onde está amplamente demonstrado, inclusive com a descrição de nome de pessoas físicas e jurídicas, principais devedoras da instituição, que foram contempladas com empréstimos fraudulentos, através dos Interventores do BACEN.

Meras suposições de que os então Interventores nomeados pelo Banco Central do Brasil, para intervirem no BERON não causaram prejuízo à instituição, é ledo engano, pois há documentos que comprovam a má gestão junto ao BERON, e o BACEN aplicou-lhes pena de multa.

Em 2013, o governador do Estado de Rondônia, através de Medida Cautelar ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal, conseguiu suspender o pagamento da dívida que foi ilegalmente contraída pelo então Governador Valdir Raupp de Matos.

Outra Medida Cautelar Inominada (proc. nº 2002.01.00.004889-8), está em curso perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região desde  14 de fevereiro de 2002, cuja jamais teve o seu mérito julgado, assim como as ações populares.

Condenado por crime de peculato (desvio de recursos públicos) em sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho, Francisco Borges Ferreira Neto, em data de 12/9/2002 (Processo Nº 0023961-36.2000.8.22.0501), o processo originou a Ação Penal nº 358, em curso perante o Supremo Tribunal Federal – STF, que embora conte com parecer favorável do Ministério Público Federal pela manutenção da condenação, por duas vezes a Suprema Corte aditou o julgamento.

Na sentença o Juízo decretou a perda do cargo ou função pública que porventura ainda possa estar exercendo o réu Valdir Raupp de Matos. Caso mantida a sentença proferida em primeiro grau de jurisdição na Comarca de Porto Velho, Valdir Raupp estará automaticamente impedido de continuar exercendo o cargo de Senador.

No caso BERON, o Estado de Rondônia não pode ficar com um prejuízo monumental que não é seu e a JUSTIÇA não pode agir em detrimento do Estado e em benefícios de inescrupulosos.

As ações populares aqui noticiadas são de autoria do signatário do presente artigo. 

Por: Domingos Borges da Silva

segunda-feira, 16 de março de 2015

Manifestação de 15 de Março de 2015 em Porto Velho


Porto Velho também aderiu à onda de protestos que tomou conta do país contra o Governo do PT e a favor do Impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff. A concentração em Porto Velho aconteceu na praça das Três Caixas d'Água, e em seguida percorreu ruas e avenidas no Centro da cidade até o Parque Madeira-Mamoré.

Durante todo o percurso os organizadores estiveram discursando sobre o atual contexto político do país, em que a corrupção está fortemente presente em vários segmentos do Estado prejudicando o progresso do país e o bem estar da sociedade.

O evento transcorreu regularmente. Não houve qualquer registro de violência, e a Polícia Militar em nenhum momento precisou reagir de forma mais enérgica, e apenas acompanhou todo o movimento, organizando o trânsito e cuidado da segurança dos participantes.

O verde e o amarelo tomou conta das ruas do Centro da Capital, assim como em várias outras localidades Brasil afora, porém, a expectativa é que as coisas não fiquem só nisso, afinal, o único meio de mudar o Brasil é amadurecermos nossa cultura, sendo honesto e votando de forma consciente. Enquanto fizermos protestos, mas continuarmos nos valendo do "jeitinho brasileiro" no dia a dia, de nada adiantará. Precisamos dar um basta no nosso individualismo e oportunismo, e pensarmos mais no coletivo, nos tornando assim uma sociedade mais honesta, e consequentemente gerando políticos honestos. 

Quanto ao pedido de Impeachment da Presidente da República, o ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, declarou para o jornalismo da Rede Globo, que não há qualquer embasamento legal para o impedimento da Presidente da República.

“Pedir o impeachment enquanto manifestação livre de vontade, tudo bem. Agora, concretamente, vamos convir, a presidente da República no curso deste mandato que mal se inicia não cometeu nenhum crime que é pressuposto do impeachment. Seja à luz do artigo 85 da Constituição, seja à luz da lei 1079, de 1950, versando sobre crimes de responsabilidade e por consequência, impeachment, não há a menor possibilidade de enquadramento da presidente da República nessas normas, sejam constitucionais, sejam legais”, disse Ayres Britto, ex-presidente do STF.











domingo, 15 de março de 2015

Porto Velho. A Gente Gosta, A Gente Cuida


Essa é uma campanha promovida pela Prefeitura de Porto Velho. O vídeo apresenta belas imagens da cidade ao som de uma música muito bonita, e realmente trata-se de uma excelente produção, porém, não reflete a total realidade de Porto Velho.

A cidade infelizmente está perecendo diante de tanta negligência. Nossos pontos turísticos e históricos estão se perdendo a cada dia por falta de uma administração responsável, que cuide de sua manutenção e preservação. Nossas praças viraram verdadeiros camelódromos, as ruas estão sujas (culpa principalmente de boa parte da população) e são vários os elefantes brancos, afinal, em Porto Velho as obras demoram pra sair e ainda mais pra ficarem prontas, e quando ficam, a exemplo do complexo turístico de Santo Antônio, não inauguram e tampouco cuidam do espaço recém construído.

De todo modo precisamos amar Porto Velho e querê-la bem, afinal, essa é uma terra de todas as gentes; uma terra onde o Brasil se encontra, afinal, são muitos os imigrantes que são acolhidos por essa cidade em busca de ganhar a vida. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Vamos às ruas sim, mas algo mais precisa mudar... Dentro de cada um de nós

Foto da Internet
Primeiramente vamos compreender o significado da palavra HIPÓCRITA: "um adjetivo cujo sinônimo é fingido; que finge possuir um sentimento que não possui; que demonstra um pensamento e/ou uma opinião diferentes dos que realmente têm; que por interesse ou por medo de assumir sua verdadeira personalidade finge qualidades que não apresenta". Pois bem, é muito comum muitos de nós reclamar do cenário político e condenar com veemência os políticos brasileiros chamando-os de bandidos e corruptos, porém se pararmos para analisar, nós por vezes também somos corruptos no nosso dia a dia, então por que nos achamos no direito de cobrar os políticos, se eles são reflexo da sociedade?

Não quero que deixem de reclamar ou mesmo cobrar os políticos as responsabilidades deles, aliás, isso será sempre o ideal, pelo mesmo quando feito de forma eficiente, porém, acredito que primeiramente devemos "olhar nosso próprio rabo antes de falar dos outros". 

Como sempre digo, e de certa forma me entristece por constatar que é um fato, o brasileiro (como povo; sentido genérico, afinal há algumas exceções), é caracterizado pelo seu individualismo, egoísmo e oportunismo, ou seja, por sua malandragem; pelo seu "jeitinho brasileiro", que apesar de muitos acharem bonito, eu repudio.

Ir às ruas é protestar é algo sadio e interessante, mas pouco eficaz, afinal, algo mais precisa mudar além da vontade de querer ir às ruas. Precisamos mudar nossos hábitos; nossos vícios; nossa cultura. Precisamos parar de pensar só em nós mesmos e passar a pensar no coletivo, afinal é sabido que juntos sempre seremos mais fortes.

No entanto, o que acompanhamos no dia a dia é uma sociedade em que a gentileza é raridade e o "jeitinho brasileiro" a regra. Uma sociedade em que quer se sobressair às custas de outros, e às vezes à qualquer custo. Seja no trânsito quando mudamos de faixa sem demonstrar nossa intenção, ou ainda quando estacionamos na vaga para idoso ou então na frente da rapa de deficientes, quando furamos alguma fila, ou mesmo quando puxamos o tapete do amigo no trabalho, quando notamos que o troco foi dado a maior mas não devolvemos a diferença, quando vendemos nosso voto em troca de benefícios próprios imediatos, ou mesmo quando votamos em algum candidato sabidamente corrupto, mas o fazemos apenas porque nos fez um favorzinho recente, quando jogamos o lixo na rua com preguiça de procurar uma lixeira, quando puxamos a energia da rua sem passar pelo relógio de registro, são várias as situações em que nos vemos bancando os oportunistas e sendo tão corrupto quanto os políticos que enchemos a boca pra chamar de bandidos.

O ponto que quero chegar é que estamos sendo hipócritas quando xingamos os políticos, porém no nosso dia a dia agimos de forma desonesta achando que estamos sendo espertos, mas apenas estamos nos igualando de certa forma à maioria dos políticos corruptos desse país.

A imagem que apresento nessa publicação mostra de forma clara a hipocrisia que é latente na sociedade brasileira, e que enseja que sejamos um dos países mais corruptos do mundo. 

Portanto, meus caros, antes de querer mudar o país, precisamos primeiramente mudar nos mesmos. E no dia que tivermos uma sociedade unida e descente, certamente teremos políticos igualmente honestos, ou pelo menos a maioria deles, e não inverso como vemos na atualidade.

Autoria: Sáimon Rio

segunda-feira, 9 de março de 2015

Tenente Vitória é a primeira mulher a comandar um helicóptero de ataque da FAB

Na última sexta-feira (6), ela realizou a sua primeira instrução no cockpit da aeronave AH-2 Sabre, com sede na Base Aérea de Porto Velho
Aos 23 anos, a militar conduz uma máquina de guerra capaz de disparar mísseis e foguetes

A Tenente Aviadora Vitória Bernal Cavalcanti entrou para a história da aviação brasileira ao se tornar a primeira mulher do País a alçar voo no comando de um helicóptero de ataque.

Na última sexta-feira (6), ela realizou a sua primeira instrução no cockpit da aeronave AH-2 Sabre, com sede na Base Aérea de Porto Velho.

“É uma grande honra e responsabilidade ser a primeira mulher a pilotar um helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira. Espero que isso sirva de inspiração para todas as mulheres, mostrando que, por meio do esforço e da dedicação, nós podemos alcançar qualquer objetivo”, ressaltou Vitória.

Formada pela Academia da Força Aérea (AFA) em 2013, a Tenente Vitória, hoje aos 23 anos, é natural de São Paulo (SP). Ela é a primeira aviadora do Esquadrão Poti, equipado com os helicópteros de ataque AH-2. A aeronave, armada com um canhão de 23mm e capaz de lançar mísseis e foguetes, é blindada e pesa 12 toneladas.

"Ainda terei muitos estudos e treinamentos pela frente para cumprir todas as ações da FAB atribuídas ao Esquadrão Poti, que são defesa aérea, ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo aproximado”, destacou a tenente.

Após pilotar aviões T-25 e T-27 na AFA, a Tenente Vitória passou um ano em Natal (RN), no comando de helicópteros H-50 Esquilo. Transferida em 2015 para Porto Velho, seu primeiro desafio foi o curso teórico da aeronave AH-2 Sabre. Agora, ela treina para atuar como Piloto Operador de Sistemas de Armas (POSA), responsável por acionar o armamento do AH-2.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Governador Confúcio Moura é cassado pelo TRE/RO

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Governador cassado Confúcio Moura
Fotos de Daiane Mendonça
Na manhã de hoje (05/03/2015) o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia - TRE/RO, que está funcionando parcialmente dentro do Complexo Rio Madeira, decidiu com 04 (quatro) votos a 03 (três), pela cassação do mandato do Governador Confúcio Moura (PMDB) e de seu vice Daniel Pereira (PSB) por abuso de poder econômico. 

Segundo a ação movida pela coligação "Frente Muda Rondônia" encabeçada pelo candidato Expedito Júnior, na convenção do partido PMDB realizada no dia 29/06/2014, houve a distribuição de almoço e picolés a mais de 2000 pessoas que estavam ali, incluindo aquelas que não tinham qualquer vínculo com o partido político, configurando evidente compra de voto.

O julgamento dessa ação teve início há duas semanas, mas foi suspenso na sessão do dia 19/02/2015 porque o juiz Delson Xavier pediu vistas do processo para poder se manifestar. Até então três votos já haviam sido computados, sendo dois a favor da absolvição de Confúcio Moura e seu vice, proferidos pelo relator desembargador Roosevelt Queiroz, e pelo juiz eleitoral Juacy Loura Júnior; e um voto pela cassação dos mandatos dos réus, proferido pelo juiz  federal Dimis da Costa Braga. 

Na sessão de hoje (05/03/2015) o juiz José Antônio Robles após longo pronunciamento votou a favor de Confúcio Moura, já os juízes José Gurgel e Delson Xavier, que havia pedido vistas do processo, votaram pela cassação dos mandatos dos réus. Para Xavier houve "farta distribuição de comida" naquela convenção, e disse ainda que o abuso de poder econômico nas eleições é "um câncer que precisa ser combatido". O juiz Delson Xavier também atentou para algo que até então havia passado despercebido. Para ele teria havido "caixa dois" por parte do PMDB, o qual não declarou os custos de toda a comida distribuída no dia da convenção.

Como houve empate entre os membro da Corte, coube ao presidente do TRE/RO, desembargador Péricles Chagas, dar o "voto de Minerva", o qual foi desfavorável aos réus, resultando portanto na cassação do mandato de Confúcio Moura e de seu vice Daniel Pereira.

O acordão do TRE/RO com essa decisão histórica para Rondônia será expedido até amanhã (06/03/2015), quando só então o Governador cassado Confúcio Moura através de seus advogados entrará com recursos no próprio TRE/RO assim como no Tribunal Superior Eleitoral - TSE

O vice Governador cassado, que no momento responde como Governador Interino enquanto Confúcio está em Brasília, declarou que esse julgamento promoverá uma espécie de terceiro turno: "Ganhamos no primeiro e no segundo turno e vamos ganhar mais esse". Daniel Pereira é o mesmo acusado de ter proferido a seguinte citação a servidores comissionados durante a corrida eleitoral: “servidor comissionado tem que ir para rua pedir voto, se não tem que ser exonerado”.

Outra ação, ingressada pelo Ministério Público Federal - MPF/RO, está em tramitação na Justiça Eleitoral, e nela existem robustas denúncias de atos irregulares praticados pela coligação do Governador Confúcio Moura quando candidato em 2014.

O caso teve repercussão nacional, sendo notícia na Folha de São Paulo, Veja, O Globo, Jornal Nacional, e outros meios de comunicação de abrangência em todo o território nacional.